ALLAN PEREIRA E GILSON NASSER
Da Redação
Os trabalhos de limpeza e retirada dos escombros do prédio do Shopping Popular, destruído por um forte incêndio no dia 15 de julho, completaram dez dias nesta segunda-feira (29) e não têm previsão de acabar.
Imagens do centro comercial, feitas nesta segunda-feira (29) e enviadas ao Midiajur, mostram o cenário de desolação e de cinzas no local depois de duas semanas depois do incêndio. 600 lojistas atuavam no shopping.
Para o Midiajur, a Defesa Civil e a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) informa que o Ministério Público Estadual (MPE) autorizou os órgãos da prefeitura realizar a retirada dos entulhos do Shopping Popular, apesar da área construída ser de origem particular. Os trabalhos começaram no dia 19 de julho - quatro dias depois do incêndio.
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"Não foi preciso interditar a área tendo em vista que a retirada do material estava condicionada ao rescaldo do local que foi realizado pelas equipes do Corpo de Bombeiros e a liberação da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec)", explica em nota.
A Defesa Civil e a Limpurb informam que os trabalhos começaram pela retirada da estrutura metálica, que sustentava o teto do Shopping Popular. "Mas leva um certo tempo para conclusão", aponta. Pelas imagens, é possível ver também que há muitos destroços e cinzas a serem removidas do espaço do centro comercial.
A Limpurb atua com 10 caminhões, 3 retroescavadeiras hidráulicas e caminhões do Eco-pontos para realizar a limpeza do Shopping Popular.
De acordo com a Polícia Civil, um segurança do centro comercial, que constatou o início do fogo, confirmou que a origem da fumaça ocorreu do lado de dentro do centro comercial, entre o forro de gesso e a laje do piso superior, por onde passa parte elétrica e a tubulação de água.
A Associação dos Camelôs do Shopping Popular de Cuiabá reforçou que tinha alvará para funcionamento do centro comercial, emitida em dezembro de 2023, após inspeção do Corpo de Bombeiros realizada no final do ano passado.
Atualmente, uma boa parte dos lojistas estão instalados em tendas pelo estacionamento e pela rua ao redor do que sobrou dos escombros do prédio do Shopping Popular, enquanto outros buscaram outros pontos comerciais.
A Prefeitura de Cuiabá discute, junto com o MPE, a liberação do espaço do Complexo Poliesportivo Dom Aquino para instalar os lojistas até a reconstrução do prédio. O Ministério Público apontou que o espaço é para uso comum da população, e não pode atender a interesse de um grupo apenas para uma atividade comercial. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) assinou um projeto de lei para autorizar o uso do espaço para os lojistas, mas a Câmara Municipal está de recesso parlamentar.
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