THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO
A investigação, conduzida Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), revelou que um empresário de Cuiabá, foi coagido a transferir mais de R$ 2 milhões ao grupo criminoso, sob ameaça de ter seu nome envolvidos em investigações falsas ou ter supostas imagens íntimas vazadas.
"Uma vítima nos procurou relatando que estava sendo ameaçada por supostos policiais civis, supostos parentes de vítimas que ameaçavam divulgar imagens íntimas da vítima e dar início a procedimentos investigativos caso a vítima não pagasse valores expressivos a elas. A vítima teve prejuízo de mais de R$ 2 milhões e por conta disse foi instaurado procedimento para apurar o crime de extorsão, na modalidade sextorsão", declarou o delegado Gustavo Godoy, da Delegacia Especializada de Crimes Informáticos (DRCI).
Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Civil de MT e Rio Grande do Sul, deflagraram a "Operação Phantom", com objetivo de desarticulação de um grupo criminoso especializado em crime de sextorsão, que envolve a extorsão mediante o uso de imagens íntimas das vítimas.
Na operação, são cumpridas 28 ordens judiciais, sendo 13 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após investigações da Polícia Civil de Mato Grosso, iniciadas em 2021.
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Os mandados são cumpridos nos municípios de Bento Gonçalves (RS), Caxias do Sul (RS), Guaporé (RS) e Itajaí (SC). A operação contou com o apoio da 8ª Região Policial da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e da Divisão de Investigação Criminal de Itajaí (DIC/Itajaí).
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Sextorsão
Nesta modalidade de extorsão, os criminosos utilizam um perfil falso e bastante engenharia social (tática utilizada por cibercriminosos para convencer usuários descuidados a encaminhar conteúdos sigilosos, contaminar seus computadores com malware ou abrir links para sites maléficos), por meio das redes sociais, com a fotografia de uma jovem bonita e atraente, convidando a vítima inicialmente para serem amigos.
Na sequência, começam a trocar vídeos e fotos íntimas por aplicativos de mensagens e, a partir daí, outro integrante do grupo criminoso entra em cena, se passando por um policial civil ou pelo suposto pai, padrasto ou outro parente da jovem, alegando que ela é menor de idade e que a vítima estaria envolvida em crime de pedofilia por meio da internet.
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