DA REDAÇÃO
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) analisou, nesta terça-feira (8), a recomendação de interdição cautelar do médico Fernando Veríssimo de Carvalho, condenado a 31 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de homicídio qualificado e aborto sem consentimento, ocorridos em novembro de 2018, no município de Rondonópo
Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.
A suspensão do exercício profissional do médico passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão do CRM-MT.
Fernando é médico e estava trabalhando na área de medicina, junto à Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER), no bairro Vila São José. Em agosto, o MPMT pediu revogação do benefício.
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No pedido de revogação, o promotor de Justiça Reinaldo Antonio Vessani Filho apresentou vários questionamentos em relação à autorização que havia sido concedida ao réu. Segundo o MPMT, no período em que esteve exercendo atividades na Coder o réu realizou 33 saídas sem autorização. Foram apresentados ainda outros deslocamentos irregulares entre janeiro e fevereiro deste ano.
CRIME
Fernando foi condenado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e aborto sem consentimento da vítima. A vítima era a namorada dele à época, Beatriz Nuala Soares Milano, de 23 anos, que estava grávida. O crime aconteceu em Rondonópolis (MT) em 2018.
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