ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O empresário Valdinei Mauro de Souza, mais conhecido como "Nei Garimpeiro" e dono dono da Fomentas Mining Company, afirma que ele e os demais alvos da Operação Hermes compraram de boa-fé o mercúrio apontado como ilegal pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"Estavamos comprando mercúrio legal, dentro da lei, com nota fiscal, autorização do Ibama, autorização da PF para comprar. Quem vendia tinha autorização da PF e do Ibama. E nós tivemos essa operação porque, nós estávamos legal, foi no sistema, viu quem comprava o mercúrio e foi lá e fizeram a operação com nós", diz.
A Operação Hermes, deflagrada pela PF e pelo Ibama no dia 1º de dezembro, investiga o comércio ilegal de mercúrio que teriam provocado rombo de R$ 1 bilhão nos cofres públicos.
A empresa Salinas Gold, que pertence ao grupo Fomentas em Poconé, foi alvo de mandados de busca e apreensão. A residência do empresário também foi alvo. Ele também teve R$ 19 milhões bloqueados pela Justiça.
Valdinei afirma que compra mercúrio da mesma empresa, legalizada e com nota fiscal, há nove anos. "100% certinho. Eles vieram na casa de quem está comprando legalmente. E quem está ilegal?", questiona.
Também afirma que, se houver dez mil garimpos no Brasil, os dez mil usam mercúrio e apenas um pequeno grupo compra de forma legal.
O empresário aponta ainda que, entre todas as operações contra garimpos de ouro no país, não foi citada nenhuma. A exceção foi Hermes. Ele questiona aparecer na ação policial envolvendo suposta compra ilegal de mercúrio.
"Botar nós em uma operação de mercúrio, que não vale nada. Eu exportar, na conta dele, o tanto de mercúrio que eles falam que eu teria que ter usado, é inviável ter mineração. Nós somos compradores de boa-fé", conclui.
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