ALLAN PEREIRA E LÁZARO THOR
Da Redação
Caminhoneiro de 33 anos, de iniciais M. A. R., foi preso pela Polícia Militar por injúria racial e ameaça contra funcionários no Posto Aldo, no Distrito Industrial em Cuiabá. Caminhoneiro chamou uma funcionária do posto de "preta feia, porcaria e vagabunda", na noite deste domingo (11), de acordo com o registro policial sobre o caso.
Depois de ser detido, M. A. R. conseguiu a liberdade provisória em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (12).
Segundo o termo de depoimento dos policiais militares que atenderam a ocorrência, o suspeito teria chamado a funcionária do posto de "preta feia, porcaria e vagabunda", na noite deste domingo (11).
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Outro funcionário também relatou ter sido xingado de "vagabundo", "corno" e "viado", além de ter dito que o segurança do posto foi agredido fisicamente pelo suspeito.
Consta no depoimento dos policiais militares que o gerente do posto chamou a PM depois que o caminhoneiro chegou agressivo, exaltado, aparentando embriaguez e causando transtornos no estabelecimento.
O suspeito tentou pegar um carro da empresa, mas o estabelecimento negou a ceder o veículo para uma pessoa que aparentava estar embriagada, momento em que proferiu as supostas ofensas raciais contra a funcionária.
O caminheiro também teria ameaçado a trabalhadora e dito que "isso não vai ficar assim".
Após o tumulto, funcionários conseguiram colocar o suspeito para fora do posto. O homem se dirigiu até o restaurante, que fica no pátio do estabelecimento, onde foi localizado pela Polícia Militar e preso.
Ao receber a voz de prisão, o suspeito resistiu a ordem, disse que não iria acompanhar a guarnição e chegou a entrar em luta corporal com os policiais. Foi necessário uso de força e algemá-lo. Vítimas e suspeitos foram encaminhados em seguida para a Central de Flagrantes.
Durante o deslocamento, o suspeito ficou batendo no compartimento de transporte de preso da viatura, vindo a danificar a estrutura. Após ser fichado na Polícia Civil e autuado por preconceito, ameaça e resistência, o caminhoneiro passou por audiência de custódia nesta segunda (11).
Na decisão, a juíza Silvana Ferrer Arruda, designada para Núcleo de Audiências de Custódias de Cuiabá, apontou que são inexistentes os requisitos para manter preso o caminhoneiro.
Citou que o caminhoneiro tem bons antecedentes, já que não possui processo criminal ou investigação policial em andamento a seu desfavor.
"Ademais, se eventualmente o flagrado for condenado pelo delito em questão, ainda que se majore a pena base em razão de circunstâncias ainda não conhecidas, muito provavelmente cumprirá a pena relativa a este crime em regime menos gravoso que a situação atual, não havendo, assim, óbice para a concessão de sua liberdade provisória", aponta a juíza.
O caminhoneiro deve informar, a cada dois meses, o endereço, telefone e suas atividades atuais no processo.
A Políicia Civil continua a trabalhar no caso.
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