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GERAL Domingo, 02 de Março de 2025, 15:37 - A | A

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GERAL / AUMENTO DE 26%

Ameaças e perseguição contra mulher disparam em 2024; delegada fala sobre rede de proteção

Judá Marcondes, titular da Delegacia da Mulher de Cuiabá, explica a importância das vítimas procurarem a polícia para buscar os meios de se defender.

THIAGO STOFEL
DA REDAÇÃO



De acordo com os números divulgados pela Secretária de Segurança Pública de Mato Grosso, os crimes de ameaça, perseguição e violência psicológica contra mulheres entre 18 a 59 anos, subiu 26% em 2024, se comparado ao ano de 2023, no Estado.

Em entrevista ao MidiaJur, titular da Delegacia da Mulher, de Cuiabá, a delegada Judá Marcondes explica o que esses crimes afetam a vida da mulher.

A autoridade policial explica que o aumento do registro de crimes de violência psicológica e ameaça se dá por conta da conscientização das mulheres dos seus direitos e seu papel a ser desempenhado na sociedade. Ela acredita que a mulheres estão percebendo que não precisam estar dentro de uma relação abusiva para obter uma validação social.

“Elas estão vendo que o conceito de família somente faz sentido se houver harmonia dentro da relação, estão notando que podem obter a independência financeira, e podem caminhar sozinha. Quando as políticas públicas são voltadas para ofertar esse suporte às mulheres, a rede de proteção funciona. Conscientização para neutralizar a dependência emocional e cursos profissionalizantes, empregabilidade, creches e escolas período integral”, relatou a delegada.

Em seguida, Judá explica que a importância de falar sobre este crime, já que ele possuiu impacto profundo na vida das vítimas, podendo arruinar toda vida social, profissional e familiar. Por conta disso, ela destaca a importância de a mulher procurar a delegacia e registrar um boletim de ocorrência, para que busque os meios de se defender.  

“Quando a mulher está sofrendo violência doméstica (física, moral, psicológica, sexual, patrimonial), ao menor sinal de violência, deve procurar a polícia civil. A polícia civil registra boletim de ocorrência, elabora o pedido de medidas protetivas, a qual proíbe o agressor de se aproximar, e de se comunicar com a vítima, familiares e testemunhas, pede-se a suspensão do direito de posse de arma, suspensão de venda de bens em comum, restituição de bens apropriados, entre outras medidas cautelares. Nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis, quando a mulher solicita a medida protetiva, há o dispositivo do botão do pânico, o qual será disponibilizado, quando a medida protetiva é deferida”.

Após o acionamento da polícia a Patrulha Maria da Penha é acionada para visitar a vítima. Caso a mulher esteja em situação de vulnerabilidade socioeconômica poderá receber o auxílio-moradia do programa “Ser família mulher”.

“Em Cuiabá, a polícia civil encaminha as mulheres com problemas psicológicos e psiquiátrico ao hospital municipal para terapia continuada. Se a mulher não tiver onde morar ou estiver correndo risco de vida, a polícia civil encaminha para Casa de Amparo. A polícia civil possui parceria com TRT e encaminha vítimas desempregadas para empresas parceiras que as empregam. Estes dispositivos são despertados para proteger a mulher e ajudá-la a romper o ciclo de violência”.

A delegada ainda fala sobre o fato de as vítimas não desmerecerem a violência que seus ex-companheiros podem causar, já que em alguns casos, elas não acreditam que eles não serão capazes de fazer algum mal maior, como o assassinato.

“O cerne da questão está na objetificação da mulher, em que este agressor munido de pensamentos machistas, desconsidera a vontade da vítima, não aceita o fim da relação, e aniquila a mulher, despe-a de toda humanidade, reduzindo-lhe a objeto. O sinal de um homem agressor é o controle e ciúmes excessivo, as palavras e manipulação para isolar a vítima de seus amigos e familiares e para diminuir a autoestima desta mulher. Deve-se sempre perguntar: após me relacionar com esse homem, me sinto menos apta a executar meus projetos? Deixei de fazer coisas que me davam prazer? Dentre outras questões”.

Por fim, a delegada destaca a importante de difundir a conscientização da violência psicológica para que as mulheres consigam identificar a violência e romper o ciclo antes que fiquem aprisionadas no relacionamento abusivo.

Em 2023 foi realizada uma pesquisa com as mulheres que foram atendidas na delegacia da mulher de Cuiabá, e constatou que 84$ delas estavam com problemas psicológicos.

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