ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
A médica veterinária Fabiane Matias Seixas Fontenele move uma ação de com pedido de R$ 20,4 mil em indenização por danos morais contra o restaurante Getúlio Grill, tradicional local de entretenimento na Capital. O processo tramita no Juizado Especial da Comarca de Cuiabá.
Conforme a ação, o estabelecimento foi palco de uma briga, no dia 12 de outubro de 2009, que acabou envolvendo Fabiane, que se divertia no local com alguns amigos. A discussão teve início às 2 horas da madrugada e, uma das envolvidas, Mayara Federici, arremessou um copo de vidro que acertou em cheio o rosto da médica veterinária.
Segundo relatado na ação, houve ferimentos internos e externos e, por poucos centímetros, os olhos da vítima não foram afetados.
Machucada e com medo, Fabiane tentou ir para dentro do Getúlio Grill para se proteger e conter o sangramento. Segundo a ação, porém, ela foi barrada por seguranças com o argumento de que, se entrasse, estaria "causando tumulto na casa".
Conforme o advogado da vítima, André Luiz Araújo da Costa, apenas depois de muito argumentar sua cliente conseguiu entrar. Um ponto alto, justificou Costa na ação, é que Fabiane era frequentadora assídua do Getúlio, facilmente reconhecida pelos funcionários e, ainda assim, não foi socorrida da maneira devida.
Outro argumento do advogado é quanto ao prejuízo de ordem moral e material, já que a veterinária teve de arcar sozinha com danos, já que nem o Getúlio ou Mayara prestaram socorro à vítima - esta última, segundo a ação, se evadindo-se do local “covardemente”.
“Fabiane teve que arcar com medicamentos e com a fabricação de novo aparelho ortodôntico, o que lhe causou demasiado constrangimento, tendo que explicar aos seus médicos o motivo da troca”, diz um trecho da ação. A veterinária também teve que levar três pontos na parte interna da boca.
Além dos R$ 20,4 mil que Fabiane pede por danos morais e estéticos, são requeridos provas dos fatos alegados e que o réu seja condenado ao ônus da sucumbência.
Ação criminal
No âmbito criminal, uma ação por lesão corporal também foi movida por Fabiane contra Mayara. O processo foi julgado pelo juiz Mário Roberto Kono de Oliveira, do Juizado Especial Criminal Unificado da Comarca da Capital.
Conforme acordo firmado em audiência realizada no último dia 10, Mayara deverá prestar serviços no Abrigo dos Idosos, durante três meses, sendo uma vez por semana, com duração de quatro horas. A comprovação do trabalho deverá ser remetida mensalmente no Juizado.
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