Sábado, 21 de Dezembro de 2024
icon-weather
instagram.png facebook.png twitter.png whatsapp.png
Sábado, 21 de Dezembro de 2024
icon-weather
Midia Jur
af7830227a0edd7a60dad3a4db0324ab_2.png

JUSTIÇA Quarta-feira, 04 de Maio de 2016, 10:56 - A | A

04 de Maio de 2016, 10h:56 - A | A

JUSTIÇA / ALVOS DO GAECO

Ex-deputado estadual e empresário são soltos mediante fiança

Eles haviam sido presos em flagrante após descoberta de posse de armas

LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO



O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira determinou a soltura do ex-deputado estadual Moisés Feltrin e do empresário Joel de Barros Fagundes Filho, que haviam sido presos em flagrante na manhã da última terça-feira (04), durante a deflagração da Operação Rêmora.

A soltura foi determinada em audiência de custódia realizada na mesma data. Eles terão que pagar fiança no valor de cinco salários mínimos (R$ 4,4 mil) cada um, em até cinco dias.

Durante a operação, a princípio, Moisés Feltrin e Joel Filho seriam apenas conduzidos coercitivamente para prestar depoimento.

Porém, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) encontrou armas na residência de ambos e os prendeu em flagrante, uma vez que não tinham

No presente caso, não vejo a necessidade da prisão preventiva, mas a imposição de liberdade, cumulada com o pagamento de fiança

autorização para a posse dos revólveres.

O ex-deputado e o empresário são suspeitos de integrar suposto esquema que teria fraudado, no ano passado, 23 licitações da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), relativas a obras orçadas em R$ 56 milhões.

Soltura

Durante a audiência, o juiz Jorge Ferreira relatou que a prisão em flagrante feita pelos agentes do Gaeco foi regular e seguiu a legislação em vigor.

“Verifica-se que há prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria delitiva, consoante se infere dos depoimentos e autos de apreensão”, disse.

Porém, o magistrado afirmou que não há requisitos para autorizar a prisão preventiva, uma vez que o delito de posse irregular de arma não ocorreu mediante violência ou grave ameaça.

Logo, com base no Código de Processo Penal, o juiz avaliou que o ex-deputado e o empresário poderiam sem soltos.

“No presente caso, não vejo a necessidade da prisão preventiva, mas a imposição de liberdade, cumulada com o pagamento de fiança”, determinou.

Além da fiança, Moisés Feltrin e Joel Filho ficarão obrigados a comparecer em todos os atos do processo e impedido de viajar sem comunicar previamente a Justiça.

Operação Rêmora

A Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco na manhã de terça-feira (3), investiga um esquema de fraudes que pode ter ultrapassado o montante de R$ 56 milhões em obras.

Segundo o MPE, a organização atuava em licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reforma de escolas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT).

Ainda conforme o Gaeco, as fraudes começaram a ocorrer em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 23 obras de construção e reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado, totalizando R$ 56 milhões.

As investigações apontaram também que o grupo seria composto por três núcleos: de agentes públicos, de operações e de empresários.

O núcleo de operações, após receber informações privilegiadas das licitações públicas para construções e reformas de escolas públicas estaduais, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.

Por sua vez, o núcleo dos agentes públicos era responsável por repassar as informações privilegiadas das obras que iriam ocorrer e também garantir que as fraudes nos processos licitatórios fossem exitosas, além de terem acesso e controlar os recebimentos dos empreiteiros para garantir o pagamento da propina.

Já o núcleo de empresários, que se originou da evolução de um cartel formado pelas empresas do ramo da construção civil, se caracterizava pela organização e coesão de seus membros, que realmente logravam, com isso, evitar integralmente a competição entre as empresas, de forma que todas pudessem ser beneficiadas pelo acordo.

Leia mais:

Juíza: acusados usaram artimanhas para não serem descobertos

Em vídeo, acusado é flagrado recebendo R$ 4 mil de propina; veja

Licitações eram “verdadeiro jogo de cartas marcadas”, diz juíza

Juíza revela que empreiteiras infiltraram aliado em Secretaria

Juíza não vê indícios de envolvimento do secretário de Educação

Secretária de Estado enviou ofício à Defaz pedindo investigação

Empresários se reuniram para “revezar” contratos na Seduc

Gaeco gravou reunião feita por acusados de fraudar licitações

Fraudes na Seduc somam R$ 56 milhões em 23 obras, diz Gaeco

Gaeco prende ex-deputado, empresários e servidores

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.


Comente esta notícia

Dívida de mais de R$ 42,5 mi coloca coleta de lixo em risco em Cuiabá
#GERAL
CALOTE
Dívida de mais de R$ 42,5 mi coloca coleta de lixo em risco em Cuiabá
MT paga gratificação por resultado para servidores da Educação
#GERAL
INVESTIMENTO DE R$ 220 MILHÕES
MT paga gratificação por resultado para servidores da Educação
Filho encontra idoso morto em fazenda em Mato Grosso
#GERAL
SUMIDO DESDE QUARTA
Filho encontra idoso morto em fazenda em Mato Grosso
Rapaz é preso ao furtar 7 peças de picanha e alcatra em mercado
#GERAL
FIM DE CHURRASCO
Rapaz é preso ao furtar 7 peças de picanha e alcatra em mercado
Motociclista morre em acidente no Jardim Vitória
#GERAL
TRÂNSITO
Motociclista morre em acidente no Jardim Vitória
Secretaria libera trânsito nas duas vias do Portão do Inferno
#GERAL
ATÉ 6 DE JANEIRO
Secretaria libera trânsito nas duas vias do Portão do Inferno
Confira Também Nesta Seção: