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AGRONEGÓCIOS Sábado, 13 de Janeiro de 2024, 17:35 - A | A

13 de Janeiro de 2024, 17h:35 - A | A

AGRONEGÓCIOS / EFEITO EL NIÑO

Produtores antecipam colheita de soja e investem em algodão; incerteza com chuvas permanece

LETICIA PEREIRA
Da Redação



Por conta da forte estiagem que atinge o país, produtores de soja anteciparam a colheita da soja em várias cidades de Mato Grosso, segundo boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os fazendeiros têm visto mais vantagem em antecipar o plantio da segunda safra de algodão do que replantar o grão. Ainda assim, o clima é de incertezas com a falta de chuvas.

A Conab aponta que o desenvolvimento das lauvoras foi inviabilizado devido a falta de chuva regular, associada à alta temperatura, o que vai resultar numa menor safra 2023/2024. De acordo com o boletim, muitos produtores reclamam que as condições das lauvoras são regular ou ruim, sendo que a avaliação boa e excelente em menor proporção.

"Também houve desistência na implantação da soja em algumas áreas ou de glebas com péssima qualidade na evolução vegetal, cujos talhões foram destinados, principalmente, às culturas como o algodão, milho e arroz, por estas culturas estarem em plena janela ideal de cultivo em relação à soja", destaca.

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Em dezembro, 704 mil hectares de soja precisavam ser replantados por causa dos estragos, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O total de hectares destinados à leguminosa no Estado é de 12,13 milhões. Por isso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estendeu o prazo final para o plantio de soja para 13 de janeiro deste ano; antes, o limite era o dia 24 de dezembro.

Uma pesquisa feita pela Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) aponta que a safra de soja será cerca de 20% menor que na safra anterior. A redução é pautada pela baixa produtividade, que está prevista em 49,68 sacas por hectare, contra 62,3 sacas por hectare na safra 2022/23. Já a produção deve ser de 36,15 milhões de toneladas - o que representa uma diferença de 9,16 milhões a menos que na safra anterior.

"A queda na produção, entretanto, pode ser ainda maior, pois já há relatos de produtores com produtividade abaixo de 20 sacas por hectare", conjectura a associação.

Em 2023, o Brasil passou por nove ondas de calor em razão do fenômeno El Niño, que causa estiagem na região central e norte do país. O aumento acentuado da temperatura desregulou a dinâmica climática e impactou diretamente a quantidade e qualidade das safras mato-grossenses.

Tendo em vista que o período chuvoso não se estabilizou, os produtores seguem apreensivos quanto ao fato do pouco volume de chuva dificultar o desenvolvimento integral do algodoeiro na fase inicial, bem como tal situação impedir maiores avanços nos trabalhos de campo

Segundo a Conab, produtores rurais têm enfrentado atraso no plantio, morte de plantas, abortamento de flores e vagens, redução do porte de plantas e antecipação do ciclo da cultura.

 

A Conab aponta que, nesse cenário, muitos produtores mato-grossense têm visto como mais vantajoso antecipar o plantio da segunda safra de algodão do que replantar a soja perdida. Segundo o boletim, cerca de 20% do espaço destinado ao algodão mato-grossense já foi semeado, desde que foi permitido o plantio. As primeiras lavouras têm se desenvolvido de maneira satisfatória, mas a falta de chuva preocupa os fazendeiros.

"Tendo em vista que o período chuvoso não se estabilizou, os produtores seguem apreensivos quanto ao fato do pouco volume de chuva dificultar o desenvolvimento integral do algodoeiro na fase inicial, bem como tal situação impedir maiores avanços nos trabalhos de campo", analisa a Conab.

Diferente da soja e do algodão, o milho tem tido uma perspectiva mais promissora. Todos os talhões já foram semeados e a região com a maior concentração de milharais tem recebido chuva minimamente suficiente, até o momento, para o desenvolvimento inicial dos grãos.

Até meados do outono, quando os cientistas acreditam que o fenômeno El Ninõ vai enfraquecer, as culturas produzidas em Mato Grosso podem sofrer com estresses hídricos generalizados e tornar o cenário do agronegócio mais incerto para 2024.

A Conab informou que as projeções divulgadas pela Companhia podem se tornar mais desanimadoras até o fim do processo, já que é difícil mensurar se as condições climáticas futuras serão satisfatórias para o pleno desenvolvimento das culturas.

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