DA REDAÇÃO
As tarifas impostas pelos Estados Unidos à China e outros países podem ter efeitos indiretos significativos na economia brasileira. A avaliação é do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em conversa nesta segunda-feira (07/04) com o senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi).
Ao senador, ele também explicou que, devido à mudança no modelo econômico chinês, mais voltado à exportação e à eletrificação, a imposição de tarifas por parte dos EUA e da Europa pode resultar em uma desaceleração do crescimento chinês, afetando diretamente os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
No entanto, essas adversidades também podem abrir novas oportunidades para o Brasil. O país possui potencial para se posicionar como um parceiro comercial estratégico, diversificando suas exportações e buscando novos mercados, especialmente no setor agrícola.
Mato Grosso pode ser um grande beneficiado devido ao sua produção agrícola, especialmente da soja. Estudos apontam um aumento da exportação da soja do Brasil para a China e outros mercados, podendo chegar a um crescimento 4,8 bilhões de dólares.
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Ainda nesta quarta-feira (09/03), o Canadá e a União Europeia (UE) anunciaram retaliações as tarifas dos EUA. A UE irá impor uma taxa de importação de 25% de vários produtos americanos, entre eles iates, motocicletas, aço e soja.
Essa taxação pode abrir portas para a soja e o aço brasileiros e acelerar a finalização do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que vinha sofrendo por parte de alguns países, entre eles a França, que alega questões ambientais. As novas tarifas europeias entram em vigor a partir de 15 de abril.
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