DO MIDIANEWS
O empresário Cidinho Santos, suplente do senador Blairo Maggi (PR), prestou depoimento ao Gaeco, do Ministério Público Estadual (MPE), em Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (1), na Operação Ventríloquo.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), além de Cidinho, outras quatorze pessoas estão sendo conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos.
Ao MidiaNews, por telefone, ele afirmou não sabe o motivo da convocação (veja a atualização abaixo).
"Não tenho a menor ideia do que se trata. Me ligaram em casa, de manhã, e disseram que eu teria que vir aqui prestar esclarecimentos", disse.
O suplente de senador afirmou que não presta serviço a nenhum órgão público.
"Nunca fui deputado e não mexo com órgãos públicos. Também não sou ligado a nenhuma empresa que tenha contratos com a Assembleia", disse.
Ele também disse não acreditar que tenha sido convocado para falar sobre o "Escândalo dos Maquinários", esquema que desviou R$ 44 milhões dos cofres públicos por meio de compra superfaturada de máquinas e equipamentos em 2009, no governo Maggi.
"Não tenho nada a ver com os maquinários", disse.
No mandato
Em março do ano passado, Cidinho assumiu o mandato de Maggi, pela segunda vez. Ele ficou no cargo por 120 dias, durante licença para tratamento de saúde.
Em 2012, ele também ocupou o cargo de Maggi durante período no Senado.
Suplente foi questionado sobre duas operações (atualizado às 11h20)
O suplente de senador Cidinho Santos disse, ao sair do Gaeco, que foi questionado sobre duas operações que a sua empresa, a União Avícola Agroindustrial Ltda., fez em 2014, com uma empresa de factoring.
Segundo ele, as operações, nos valores de R$ 90 mil e R$ 97 mil, foram legais e registradas na contabilidade da empresa.
"Eu vim depor como como testemunha e a minha empresa fez duas operação de crédito com uma securitizadora em Cuiabá. E essa securitizadora esta sob investigação, não tem nada a ver com a minha empresa, com os meus negócios. Não trabalhamos com órgãos públicos", disse.
Segundo ele, sua empresa gera 2 mil empregos em Mato Grosso e Goiás - e faturou mais de R$ 200 milhões em 2014. "Foi uma operação comum, de troca de recebível, de título de cliente que antecipamos. Estou tranquilo, nao tenho nada a esconder", disse.
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