THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) encaminhou uma notificação ao governador Pedro Taques (PSDB), recomendando a contratação emergencial de médicos para realizar exames de sanidade mental e de cessação de periculosidade dos presos provisórios em Mato Grosso.
A notificação foi assinada pelo promotor de Justiça Alexandre de Matos Guedes, da Promotoria de Defesa à Cidadania.
De acordo com o promotor, a falta dos exames podem resultar em nulidades aos inquéritos e processos judiciais, especialmente os criminais em andamento “contribuindo negativamente com o sistema judicial e prejudicando com o curso normal e metas de julgamento/produtividade”.
Alerta-se, por fim, para o fato de que a ausência de resposta a esta recomendação será interpretada como recusa de atendimento à medida nela contida, o que será determinante para a propositura da ação judicial cabível à espécie
A notificação tem como base ofício encaminhado pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) na qual é relatado que a área de psiquiatria forense conta apenas com um perito responsável por atender todo o Estado.
Diante da denúncia, o promotor informou que oficiou a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), requisitando informações sobre a suposta insuficiência de médicos atuantes na área.
Conforme Guedes, em atendimento a requisição ministerial, a Sesp confirmou que atualmente a Politec conta com apenas um perito especialista em psiquiatria, pois dois dos candidatos empossados no concurso realizado em 2013 pediram exoneração.
Ainda segundo o promotor, a Secretaria alegou que cogitou a contratação temporária para o cargo, entretanto, por questões orçamentários foram impossibilitados.
“Assim sendo, se torna necessária a tomada imediata de providências que permitam, ainda que temporariamente aumentar a capacidade do Estado em emitir as periciais necessárias, inclusive para os feitos de execução penal”, diz trecho da notificação.
O governador terá um prazo de 90 dias para atender a notificação.
"Alerta-se, por fim, para o fato de que a ausência de resposta a esta recomendação será interpretada como recusa de atendimento à medida nela contida, o que será determinante para a propositura da ação judicial cabível à espécie”, pontua o documento.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.