Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
icon-weather
instagram.png facebook.png twitter.png whatsapp.png
Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2025
icon-weather
Midia Jur
af7830227a0edd7a60dad3a4db0324ab_2.png

VARIEDADES Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2020, 16:31 - A | A

26 de Fevereiro de 2020, 16h:31 - A | A

VARIEDADES / "FANTASMAS"

MPE investiga suposto desvio em contrato de R$ 3,8 mi do Procon

Denúncia de supostas irregularidades foi feita pelo secretário de Ordem Pública, Leovaldo Sales

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público do Estado (MPE) abriu um inquérito civil para investigar um suposto desvio de dinheiro público na celebração do contrato entre a Secretaria Municipal de Ordem Pública, representada pelo Procon Municipal, e o Instituto de Pesquisa e Gestão de Políticas Públicas (IPGP). 

O procedimento foi aberto pelo promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, na última quarta-feira (19).

De acordo com o promotor, o inquérito tem como base denúncia feita pelo secretário de Ordem Pública, Leovaldo Emanuel Sales da Silva.

O contrato em questão foi celebrado em junho de 2018 para atender o Procon Municipal, com serviços intermediários de apoio à gestão administrativa, econômico-financeira, bem como no desenvolvimento de programas de governo, através do fornecimento de bens, serviços e capital, realização de atividades técnicas, operacionais, capacitações, treinamentos, pesquisas, cooperação técnica e modernização administrativa. O contrato tinha o valor de R$ 3,8 milhões.

Conforme o promotor, a pedido do secretário, a Controladoria Geral do Município realizou uma auditoria e constatou diversas irregularidades no contrato, entre elas, “indícios robustos” de contratação de empresas fantasmas por parte do Instituto de Pesquisa e Gestão de Políticas Públicas.

Alair Ribeiro/MidiaNews

Leovaldo Salles 14-02-2018

O secretário municipal de Ordem Pública, Leovaldo Sales

Segundo apurado, o instituto, para a execução do seu plano de trabalho, contratou as empresas VG Mix Serviços Eireli e F.L.M Comércio e Serviços EirelI, para aquisição de materiais gráficos.

No entanto, conforme a Controladoria, a VG Mix foi criada às vésperas da assinatura do contrato, enquanto a F.L.M Comércio foi criada apenas um mês e meio após a celebração do termo.

“Mesmo com a criação em datas tão próximas da celebração do termo de parceria, as mencionadas empresas já receberam vultosos valores a título de pagamento pela prestação de serviços gráficos até a locação de automóvel”, diz trecho do inquérito.

Ainda conforme Arnaldo Justino, ao realizarem diligências, a equipe da Controladoria constatou a inexistência física da VG Mix  e da a F.L.M Comércio.

“Ao se deslocarem até o endereço da VG Mix se depararam com uma empresa despachante instalada no local, denominada Johnny Despachante. Ao buscarem informações com o proprietário, este informou que está instalado naquele ponto comercial há vinte anos e, durante todo esse período, nunca existiu a VG Mix no local", disse em trecho do inquérito.

"Já no local do endereço da F.L.M Comércio verificou-se que existe apenas uma residência com aparência de abandono, sem vestígios de empresa”, acrescentou.

Outro ponto intrigante, segundo o promotor, é que outras duas empresas, que também participaram da pesquisa de preços, possuem características de fantasmas e indícios de que foram criadas apenas para dar aparência de legalidade e competitividade no processo de contratação da F.L.M. Comércio e VV Mix, são elas: L.C de Arruda e OMV Comércio e Serviços Eireli.

Mesmos representantes

Ainda de acordo com o promotor, aprofundando mais um pouco as pesquisas, a Controladoria constatou que as quatro empresas têm os mesmos representantes.

Inclusive, um deles, Edson José Menezes, é réu de um processo oriundo da Operação Imperador, que apurou a existência de organização criminosa que teria desviado R$ 62,2 milhões da Assembleia Legislativa.

“Em face do exposto, diante de fortes indícios que a celebração do referido Termo de Parceria e a contratação das referidas empresas foram no intuito de promover o desvio de dinheiro dos cofres do Município de Cuiabá-MT, resolvo, nos termos da Resolução nº 052/2018-CSMP, instaurar inquérito civil público visando a completa apuração dos fatos”, determinou Justino.

Não há um prazo para o fim da investigação.

Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .

Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.


Comente esta notícia

Mãe e madrasta são presas por maus-tratos contra crianças
#GERAL
ABSURDO
Mãe e madrasta são presas por maus-tratos contra crianças
PC diz que venezuelano morto estava em surto e condena ação de vigilantes
#GERAL
ESPANCAMENTO NA RODOVIÁRIA
PC diz que venezuelano morto estava em surto e condena ação de vigilantes
Gaeco apreende celulares em celas de líderes de facção na PCE
#GERAL
OPERAÇÃO
Gaeco apreende celulares em celas de líderes de facção na PCE
Cuiabá retira 6 toneladas de lixo de bocas de lobo da Miguel Sutil e CPA
#GERAL
CONTRA ALAGAMENTOS
Cuiabá retira 6 toneladas de lixo de bocas de lobo da Miguel Sutil e CPA
Personal trainer é preso com drogas em bairro de Cuiabá
#GERAL
TRÁFICO
Personal trainer é preso com drogas em bairro de Cuiabá
Homem é preso por agredir e xingar a companheira de
#GERAL
COVARDE
Homem é preso por agredir e xingar a companheira de "negra fedida"
Confira Também Nesta Seção: