Janaina critica demarcação de terra indígena no Araguaia e cobra Congresso

DA REDAÇÃO

Reprodução Instagram

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) criticou o pedido do líder do povo Kayapó e liderança do ativismo indígena, cacique Raoni Metuktire, de demarcar a Terra Indígena Kapôt Nhinore sobre três municípios da parte norte do Araguaia em Mato Grosso e do Pará.

Em vídeo gravado para as suas redes sociais, a parlamentar cobrou uma posição firme do Congresso Nacional para melhorar as legislações.

Segundo Janaina, só em Santa Cruz do Xingu, o município irá "perder" 40% de seu tamanho e levará à desapropriação de mais 200 propriedades.

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"Pessoas que estão lá há mais de 40 anos e nunca viram nenhum índio lá em Santa Cruz do Xingu. Em Vila Rica, estão pagando 5 mil hectares Vejam só o que está acontecendo no nosso Estado e no nosso país. Não pode ser só um pedido do cacique Raoni, para o presidente, para criar uma reserva indígena sem conhecer a nossa realidade, a realidade de quem vive no campo, de quem vive no Araguaia", disse Janaina.

Se for demarcada, a TI de 360 mil hectares incidirá sobre os municípios de Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, e também em São Félix do Xingu, no Pará. Na região, há pelo menos 60 indivíduos já identificados das etnias Capot/Nhinore (Isolados), Mebengôkre Kayapó e Yudja.

A área já delimitada tem início nos limites do Parque Indígena do Xingu, um território indígena estabelecido em 1961. Os estudos de demarcação da TI Kapôt Nhinore foram aprovados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e estão em fase de contestação.

Essa terra indígena tem, entre outros territórios, a aldeia onde nasceu o próprio Raoni.

A Identificação e Delimitação se dá quando da conclusão e aprovação dos estudos antropológicos, históricos, fundiários, cartográficos e ambientais da Terra Indígena pela Presidência da Funai, correspondendo a uma das etapas do processo demarcatório, seguida posteriormente da declaração, homologação e regularização

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