DA REDAÇÃO
Em um cenário onde a vacina ganhou notoriedade pela sua capacidade de reduzir as chances de casos graves da doença provocada pelo coronavírus, outra vacina que já gerou muita polêmica é a que protege contra o HPV.
Contudo, a metade da população apta para vacinar não procura pelo imunizante.
No Brasil, a vacinação contra o HPV está disponível no SUS, desde 2014.
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Atualmente, são três tipos de vacinas liberadas, sendo que, de acordo com o Ministério da Saúde, a HPV9 é uma vacina que tem capacidade de proteger contra 90% dos casos de câncer de colo de útero.
O médico oncologista Rogério Leite, que trabalha no Hospital São Mateus, em Cuiabá, explica que o HPV está presente em quase todos os casos de câncer do colo de útero, com associação a vários fatores de risco.
“Os principais fatores de risco relacionados ao HPV são o início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, história de infecções sexualmente transmissíveis, idade precoce ao primeiro parto e casos de imunossupressão, como, por exemplo, na infecção por HIV”, explica o médico.
Leite reforça que existem também outros fatores não relacionados ao HPV, o que inclui, até mesmo, o baixo nível socioeconômico, o uso de anticoncepcionais, tabagismo e fatores relacionados à genética.
Como a vacinação contra HPV ainda é algo que está distante de se tornar uma realidade que seja capaz de erradicar os efeitos do vírus no Brasil, já que nos últimos anos, conforme o Ministério da Saúde, a vacinação tem alcançado a média de 50% da população apta para receber o imunizante, a saída tem sido a realização do exame de Papanicolau.
“Através deste simples exame, conseguimos detectar precocemente as lesões que precedem o câncer, que são as displasias. Dessa forma, tratando essas lesões, evitamos que evoluam para o câncer de colo de útero. Este exame reduziu drasticamente a mortalidade das mulheres por câncer de colo de útero em todos os países onde foi implantado. Em resumo, a estratégia básica é adotar hábitos saudáveis e controlar os fatores de risco”, ressalta o especialista.
A vacinação contra HPV está disponível no SUS para meninas de 9 a 14 anos de idade e para meninos de 11 a 14 anos.
Adultos que vivem com HIV e aids, transplantados de órgãos, pacientes oncológicos de 9 a 26 anos de idade também têm direito à vacina.
Já os adultos também podem tomar os imunizantes nas clínicas privadas especializadas em vacinas.
Quanto ao exame preventivo para câncer de colo de útero, o Papanicolau, todas as mulheres com vida sexual ativa devem realizar, principalmente, entre a faixa etária de 25 a 59 anos, sendo que o alerta fica para as que possuem os fatores de risco: imunossuprimidos, mulheres de hábitos pouco saudáveis, principalmente, acima do peso, fumantes, de vida sedentária e com múltiplos parceiros sexuais.
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