GIOVANNA BAIOCCO
Da Redação
O trabalhador Gabriel Carmo, de Cuiabá, denunciou em suas redes sociais as condições precárias do alojamento fornecido por uma empresa terceirizada, responsável pela organização do "Réveillon nas Alturas", que acontece em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), neste Ano Novo.
Ao MidiaJur, ele reforçou que as condições fornecidas aos funcionários no evento apresenta sérios problemas de infraestrutura e higiene. "Eu já trabalhei em outros festivais em Chapada [dos Guimarães] e sempre foi meio precário o alojamento, mas este ano se superou", comentou.
O jovem relatou que foi contratado para trabalhar como atendente de bar entre 27 e 31 de dezembro, mas desde o primeiro dia enfrentou dificuldades. "Não havia água potável disponível até o terceiro dia. Para beber, tínhamos que nos deslocar até a praça onde fica o bar. Além disso, desde o primeiro dia o banheiro entupiu", contou.
No vídeo registrado por Gabriel, é possível ver que os ralos dos banheiros foram entupidos, deixando o ambiente alagado e sujo de, ao que parecem ser, restos de fezes. Ao procurar a empresa responsável, ele narrou que recebeu uma resposta negativa. "Disseram que não era problema deles, que apenas alugavam o espaço e, se quiséssemos, poderíamos procurar outros lugares para ficar", disse.
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No terceiro dia do evento, o trabalhador sentiu mal-estar e foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Segundo ele, a médica afirmou que os enjoos e a febre poderiam ser resultado de contaminação. Após receber o atendimento, ele registrou um boletim de ocorrência na delegacia contra a empresa e apresentou aos responsáveis um atestado médico.
O jovem também mencionou que outros colegas apresentaram sintomas semelhantes, mas não tomaram a iniciativa de denunciar porque precisam do dinheiro. Ele expressou preocupação com a possibilidade de mais funcionários serem contaminados e defendeu a necessidade de melhorias nas condições de trabalho. "As empresas devem garantir condições mínimas de alojamento, alimentação e água potável quando os trabalhadores saem de outra cidade", afirmou.
Com a intenção de buscar justiça, Gabriel planeja entrar com uma ação judicial contra a empresa. "Não podemos aceitar essas condições. É importante que isso chegue ao conhecimento de todos", concluiu.
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