Da Assessoria
Um tamanduá-bandeira foi solto, nesta sexta-feira (3), pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) no Pantanal mato-grossense, após se recuperar de lesões causadas por um atropelamento.
O resgate do animal silvestre foi feito no centro do município de Jangada pela concessionária Rota do Oeste, que o levou para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET/UFMT).
O macho adulto, com aproximadamente 38,5 kg, foi internado apresentando desidratação e escoriações pelo corpo, principalmente em membros esquerdos. Na avaliação física do animal não foram encontradas fraturas evidentes.
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Após avaliação minuciosa foram retirados alguns fragmentos plásticos, possivelmente do automóvel que colidiu com o animal. Também foi feito, durante o tratamento, o protocolo para controle de dor e do trauma cranioencefálico.
O animal ficou três dias em estado semicomatoso, um tipo de coma mais leve, com tratamento intenso e monitoramento frequente. A progressão do quadro clínico foi satisfatória e após oito dias internado no Setor de Animais Silvestres da UFMT ele recebeu alta.
O tamanduá foi solto ao redor da pousada Aymara, na Transpantaneira, em Poconé. Sua soltura foi abrupta, quando o animal volta imediatamente para a natureza.
“Ele teve uma perfeita resposta aos medicamentos e teve condições desta forma de ser solto de volta na natureza sem precisar passar pelo processo de aclimatação. Como foram poucos dias em tratamento ele não perdeu o seu instinto de vida livre”, destaca o analista de meio ambiente da Gerência de Fauna da Sema, Flávio Thiel, que acompanhou a soltura.
Tamanduá Miga
Este é o segundo tamanduá-bandeira solto em uma semana no Pantanal pela Sema. Na última sexta-feira (26.04) Miga, uma fêmea que foi resgatada filhote durante incêndios florestais na região de Poconé, e estava sob os cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Lucas do Rio Verde, foi levada para a Transpantaneira para o início do processo de readaptação da vida selvagem.
Como ela ficou muitos anos vivendo no centro especializado e era muito filhote ao ser resgatada, Miga vai aperfeiçoar a capacidade de buscar cupins, formigas e um abrigo seguro e para isso passará pelo processo de aclimatação para estar totalmente apta para voltar à natureza. Ela está em um recinto da Organização Não Governamental Ampara Silvestre, que possui uma área grande e telada e será solta em breve.
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