MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
Apesar do cenário de crescimento no número de casos e de mortes pela Covid-19, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), disse não ver espaço para novas medidas de restrição na circulação de pessoas, como ocorreu no início da pandemia.
O secretário destacou que há necessidade de incentivar a vacinação, especialmente em municípios onde a cobertura vacinal segue baixa, próxima aos 30% da população.
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Gilberto foi questionado se o crescimento dos casos não traria a necessidade de medidas restritivas
"Eu não entendo assim. Os prefeitos têm essa atribuição e obrigação legal. Já está bastante claro essa atribuição, e aí não cabe ao Governo do Estado criar restrições. Até porque, até aqui, elas se mostraram pouco efetivas. A população já está praticamente estressada desse assunto, além das consequências que tem você querer fazer 'fecha-tudo' e gerar transtornos sociais e econômicos, perda de emprego e demais dificuldades. Acho que o que precisa ter é prudência da população. Aqueles que acreditam na vacina devem correr atrás da vacina. E aqueles que não acreditam na vacina terem, no mínimo, um pouquinho de bom senso pelo espírito coletivo nesse momento, para evitar as aglomerações e coisas dessa natureza. É o comportamento da população que dita o crescimento ou não de uma pandemia desse porte, além de estarmos sujeitos a novas variantes que podem trazer preocupação", afirmou.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, no domingo (6), foram registadas 15 novas mortes e 830 novos casos de Covid-19 em Mato Grosso, em 24 horas.
O consórcio de veículos de imprensa, que compila os dados dos estados, mostra Mato Grosso entre aqueles nos quais a tendência é de alta na pandemia.
O secretário negou que haja uma possibilidade de colapso do sistema de Saúde, e e citou novos leitos já abertos no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, e outros que serão abertos no interior.
"Eu prefiro pensar com otimismo, não posso torcer para isso. É o que eu tenho feito até aqui: todos os dias, fazendo inserções de novos leitos. Mas, nós temos que pensar que esses recursos são finitos. Profissionais de Saúde estão colapsados, muito mais profissionais sendo infectados com essa nova variante, e isso pode ser um problema grave. O país já não tem em abundância médicos intensivistas, que é uma especialidade que precisa ter nas Unidades de Terapia Intensiva. Quanto mais profissionais infectados, mais dificuldade para que a gente possa fazer o atendimento à população", afirmou Gilberto Figueiredo.
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