CECÍLIA NOBRE
Da Redação
O sargento aposentado da Polícia Militar, Omigha de Lima Oliveira, de 54 anos, foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão, cumpridos na terça-feira (30), no município de Guarantã do Norte, pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), suspeito de envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery.
Ao Mídiajur, o delegado de Polícia Civil à frente do caso, Bruno de Abreu, confirmou que o sargento da PM era um dos alvos da operação.
Conforme apurado, Omigha possui uma lista de crimes praticados anteriormente. Em consulta ao site Processo Judicial Eletrônico (PJe) a reportagem localizou dois dos processos em que o PM é réu: o primeiro, como sendo o homicídio do empresário do ramo imobiliário, Atilânio Albino da Silva, que aconteceu no município de Sorriso, no ano de 2017.
Conforme consta nos autos, o empresário estava junto de sua esposa e sua neta, trafegando em uma caminhonete F-250, quando foi abordado por dois homens em uma moto, momento em que atiraram diversas vezes contra Atilânio. A esposa e neta, não ficaram feridas. A suspeita da motivação do crime seria disputa de terras.
Leia mais:
Alvo de mandado é atirador de elite e possui mesmas características de executor, diz delegado
DHPP cumpre 3 mandados em investigação de morte de advogado; alvo resiste entregar armas
O segundo processo, cujo denunciado seria o sargento da reserva, é o de ameaça contra um fazendeiro, do município de Guarantã do Norte, que aconteceu em 2023. De acordo o documento, Omigha teria entrado no imóvel dizendo que todos os presentes deveriam se retirar do local, pois aquela propriedade lhe pertencia. A vítima chegou a relatar que o PM portava uma arma de fogo em uma das mãos e outra na cintura, a qual se encontrava à mostra e que ele ainda os ameaçou, dizendo que traria reforços para remover a todos dizendo: “um morto a mais ou um a menos não lhe fazia diferença”.
Conforme publicado pelo Mídiajur, durante o cumprimento do mandado, nesta terça-feira (30), Omigha deixou bem claro que escondeu suas armas de fogo, dizendo aos agentes da DHPP que sabia que estava sendo investigado e que não tinha intenção de entregar as armas.
“Ele não entregou as armas, elas estão escondidas. Uma atitude muito suspeita (...) As armas que ele tem registradas são Glock, calibre 9mm, justamente as munições que foram encontradas na cena do crime. Agora a gente vai trabalhar para localizá-las e dar continuidade às investigações”, afirmou o delegado Bruno Abreu.
Outro ponto destacado pelo delegado é que Omigha possui todas as características do executor no dia do crime, incluindo semelhanças físicas.
As ordens judiciais também foram cumpridas nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Morte de advogado
Renato Gomes Nery, de 72 anos, foi baleado na manhã do dia 5 de junho, deste ano, em frente ao seu escritório, localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá. De acordo com informações policiais, ele chegava para trabalhar e foi surpreendido quando subia as escadas para adentrar no prédio, onde possui o escritório.
O jurista foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado a uma unidade hospitalar. Entretanto, após passar por uma cirurgia de emergência, Nery não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia 6.
Quer receber notícias no seu celular? Participe do nosso grupo do WhatsApp clicando aqui .
Tem alguma denúncia para ser feita? Salve o número e entre em contato com o canal de denúncias do Midiajur pelo WhatsApp: (65) 993414107. A reportagem garante o sigilo da fonte.