ALLAN PEREIRA E MIKHAIL FAVALESSA
Da Redação
O investigador Luismar Castrillon Ramos, preso de forma preventiva por suposta prática de agiotagem contra uma empresária de Cáceres (a 225 km de Cuiabá), foi afastado da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente de Cáceres.
O afastamento foi determinado pelo delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval, por conta da prisão em flagrante seguida da preventiva. O ato foi publicado na edição desta segunda (22) do Diário Oficial.
De acordo com o relatório do inquérito da Corregedoria da Polícia Civil, Luismar emprestou R$ 150 mil para a proprietária de um restaurante e marmitaria de Cáceres.
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Mais tarde o investigador passou a cobrar um valor R$ 2,1 milhões pelo empréstimo.
O inquérito detalha que, a partir do final de julho de 2022, Luismar passou a fazer cobranças da dívida junto a empresária e sua filha para que pagassem o valor milionário. As cobranças eram feitas com ameaças, inclusive de morte. Em um dos áudios anexado ao inquérito pela filha da vítima, que recebeu um áudio pelo WhatsApp, Luismar diz que a empresária era "Vagabunda que pegou meu dinheiro".
A Corregedoria aponta que Luismar teria incorrido na prática criminosa de usura (agiotagem) e também investiga o policial civil pela suposta prática de lesão corporal, exercício arbitrário da profissão e ameaça, inclusive de morte.
Luismar foi preso em flagrante na última semana e teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia.
Na última quarta (15), ele também foi alvo da Operação Loan Shark, que buscou cumprir mandados de busca e apreensão domiciliar, medidas cautelares diversas de prisão e arresto de bens.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, três medidas cautelares diversas da prisão e arresto de veículos e dinheiro.
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