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GERAL Sexta-feira, 24 de Dezembro de 2021, 17:19 - A | A

24 de Dezembro de 2021, 17h:19 - A | A

GERAL / VACINA INFANTIL

"Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial", diz Bolsonaro

Desde o começo da pandemia, são 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19

MARIANNA HOLANDA
Da Follhapress - Brasília



O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse, na manhã desta sexta-feira (24), que "não está havendo morte de criança" para justificar decisão emergencial sobre vacina da Covid-19 para crianças.

"Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial", disse a jornalistas, no Palácio da Alvorada.

Leia mais:

Secretários de Saúde avisam que não exigir prescrição médica para vacina

"Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar", afirmou.

Depois disse que não quer determinar nada para a o tema.

"Se tem um problema na Saúde, vão me culpar. Quando quero dar uma opinião, estou interferindo. Situação minha é complicada."

O ministro da Saúde disse, na quinta-feira (23), que as mortes de crianças por Covid-19 estão num patamar baixo, para poder justificar a decisão da pasta em definir sobre imunização infantil apenas em 5 de janeiro.

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), desde o começo da pandemia até 6 de dezembro deste ano, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19 no país.

Em 2020, 2.978 crianças tiveram síndrome respiratória aguda grave em decorrência do coronavírus -156 delas morrem.

Neste ano, foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

O ministério recebeu recomendação favorável da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na semana passada, para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Bolsonaro disse também, nesta sexta-feira (24), que participou da consulta pública como "cidadão", e defendeu a proposta de exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

"Eu não sou médico, mas tenho uma filha de 11 anos. Mas já tinha respondido, tenho um médico do meu lado aqui [governador de Goiás, Ronaldo Caiado]. Eu acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, tá ok?", disse o presidente a jornalistas no Palácio da Alvorada.

A diretriz anunciada por Queiroga na véspera atende justamente a um pedido do presidente.

No final de semana, Bolsonaro havia dito que pediu ao ministro exigência de receita médica e termo de responsabilidade dos pais para implementar a medida.

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