DA REDAÇÃO
De acordo com informações da Concessionária Rota do Oeste e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os caminhoneiros mantém sete pontos de bloqueios nas rodovias federais em Mato Grosso.
Eles mantêm os protestos de 7 de setembro, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os bloqueios ocorrem em Cuiabá, Várzea Grande e nas regiões Norte e Leste.
Na quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu a aliados que façam contato com caminhoneiros alinhados ao Governo para liberar as rodovias bloqueadas depois dos protestos de raiz golpista do dia 7 de setembro.
Em uma mensagem de áudio, o presidente diz que a interrupção do trânsito prejudica a economia.
Dois ministros do Governo confirmaram à Folha de S. Paulo que Bolsonaro enviou a gravação.
"Fala para os caminhoneiros aí que [eles] são nossos aliados, mas esses bloqueios aí atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Então, dá um toque nos caras aí, se for possível, para liberar, tá ok? Para a gente seguir a normalidade", diz Bolsonaro.
Aliados do presidente temem que as manifestações de caminhoneiros nas estradas em apoio a Bolsonaro prejudiquem o Governo, caso os efeitos econômicos da paralisação se espalhem.
Em algumas cidades, já há relatos de falta de combustíveis.
Caminhoneiros realizaram paralisações em trechos de rodovias em ao menos 15 estados - entre eles, Mato Grosso.
Sem apoio formal de entidades da categoria, os motoristas são alinhados politicamente ao Governo ou ligados ao agronegócio.
Parte dos manifestantes segue a pauta dos protestos liderados por Bolsonaro na última terça-feira (7), com ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) e pressões pela destituição de ministros da corte.
Na gravação, o presidente pede que as discussões políticas sejam feitas pelas autoridades em Brasília.
"Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é fácil negociar, conversar por aqui com outras autoridades, não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui, vamos fazer a nossa parte aqui, tá ok?", diz Bolsonaro.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, os prostestos "não se limitam às demandas ligadas à categoria".
As principais pautas dos caminhoneiros hoje são preço do combustível e piso mínimo do frete.
"Não há coordenação de qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas", afirmou a pasta.
Entidades de caminhoneiros corroboram essa posição.
Na quarta-feira, o último boletim do Ministério da Infraestrutura sobre a situação de bloqueios nas estradas e informou que, às 0h30, foram registrados pontos de concentração em rodovias federais em 15 estados.
Os bloqueios começaram anteontem, durante os atos de caráter golpista do 7 de Setembro, convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e seguiram ao longo desta quarta-feira..
Os estados citados pelo ministério, a partir de informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), são: Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará.
Seguem os pontos com manifestantes no trecho sob concessão da Rota do Oeste:
???? Cuiabá - BR-364 - km 396 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
???? Várzea Grande - BR-070 km 517 * - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
???? Nova Mutum - BR-163 - km 593 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis
???? Nova Mutum - BR-163 - km 601 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
???? Lucas do Rio Verde - BR-163 - km 687 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
???? Sorriso - BR-163 - km 745 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
???? Sinop - BR-163 - km 821 - bloqueado para carretas com cargas não perecíveis.
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