Uma mulher identificada pelas iniciais F.C.G., foi acusada de perseguir e constranger um adolescente de 13 anos, no Condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá. O caso teve início em outubro de 2022, mas teve uma reviravolta após o acesso as imagens de segurança do condomínio, que contradizem a versão dada pela suspeita. O adolescente é enteado do delegado de Polícia Civil, Bruno França. A suspeita foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso, por perseguição majorada.
Tudo começou em outubro de 2022 quando o avô do menor denunciou a perseguição. Diante disso, foi requerida uma medida protetiva para o menor, em desfavor da denunciada, deferida quinze dia depois do primeiro episódio pelo Juízo da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá. As informações foram publicadas originalmente pelo site Olhar Direto.
Entretanto, o promotor disse que F. continuou com as ofensas, perseguindo o adolescente constantemente. Isso porque, segundo ela, ele teria sido o responsável, junto com outros menores, por agredir seu filho nas mediações do condomínio.
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De acordo com a vítima e outros adolescentes, a partir de então a suspeita começou as perseguições, passando com o seu carro pelo condomínio e o ameaçando em voz alta, afirmando que ele precisaria chamar o segurança do local. Em outro caso denunciado, constatado e ratificado por testemunha, F. teria viajado até Rondonópolis para encontrar o adolescente. De acordo com a denúncia, a suspeita foi até a escolinha de futebol que o menino praticava esporte e falou com seu professor, dizendo que ele teria agredido seu filho e que “isso não ficaria assim”. Além disso, F. também perseguiu o menor dizendo ao professor que não seria bom ter “um menino igual ele na escolinha de futebol".
“Desse modo, é notório que a denunciada teve a intenção de perseguir/denegrir a imagem do adolescente perante o seu professor de futebol e a escolinha em que jogava. Outrossim, inferem-se dos autos os relatos dos adolescentes, os quais são uníssonos em afirmar que também sofreram intimidações e foram constrangidos pela denunciada, tudo por conta das agressões sofridas pelo filho dela, uma vez que, segundo ela, eles seriam também autores da agressão”, escreveu o promotor.
A gravação das imagens de segurança vão de encontro com a versão apresentada pelo adolescente, que alegou estar junto a outros amigos na quadra do condomínio, quando F. chegou no local, com o marido, momento em que começou a constranger o menor, na frente de todos.
"Teve uma hora que a F. passou como se estivesse falando no celular, dizendo que ali tinha um bando de delinquente e covarde. Ela ficou atrás num banco, onde eu estava de goleiro e na ligação ela estava falando com o condomínio. Ela falou que tinha um bando de covarde que estava lá, um bando de delinquente, que a gente estava na quadra e que ela não ia deixar a gente ficar no espaço" relatou um dos amigos da vítima.
Outros dois colegas da vítima informaram que em outro momento, o enteado do delegado estava jogando bola com um colega quando F. passou pelo local proferindo xingamentos. Tal fato teria ocorrido em novembro do ano passado. Os colegas da vítima relataram ainda que a suspeita passou a agir da mesma maneira com outras crianças.
Desse modo, o promotor considerou como robustas e concretas as provas inseridas no inquérito e concluiu que F. deve ser responsabilizada criminalmente por perseguição majorada.
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