VICTOR REAL
Da Redação
Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, preso nesta segunda-feira (3), em Nova Maringá, suspeito de matar Bruna de Oliveira, de 24 anos, e arrastar o corpo da vítima preso a sua moto em Sinop no último domingo (2), cometeu o crime por conta de um desentendimento com a mulher enquanto consumiam cocaína e álcool em sua residência. A informação foi prestada pela delegada Renata Evangelista, da Polícia Judiciária Civil, que colheu o depoimento do feminicida.
De acordo com Renata, durante a discussão, Wellington teria "voado" no pescoço de Bruna e batido a cabeça dela no chão, até que ela desmaiou. Entendendo que teria matado a namorada, o suspeito teve "a ideia de amarrar a vítima na moto e sair arrastando", nas palavras da delegada.
"A morte se deu em função de ela ser mulher, de ele encarar ela com a condição de menosprezo pelo fato de ela ser mulher", ressaltou a chefe das investigações, que minimizou o fato da vítima já ter passagens policiais. "A gente considera bastante irrelevante. O fato dela usar tornozeleira eletrônica não justifica ninguém matar, amarrar como se fosse um saco de batatas e sair arrastando essa pessoa por onde quer que seja".
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Em depoimento, Wellington afirmou que não se lembrava bem de como teria sido a dinâmica dos fatos, uma vez que estava "em surto". Após se livrar do corpo, ele ainda tentou limpar as marcas de sangue deixadas pela residência.
A prisão do rapaz, a 100 km de onde ocorreu o feminicídio, contou com a participação da Delegacia da Mulher de Sinop, o Núcleo de Inteligência de Sinop, a Polícia Rodoviária Federal e as Delegacias de Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e São José do Rio Claro.
"Em Sinop não tem espaço para este tipo de situação. A Polícia está completamente engajada para que não ocorra este tipo de situação e, em ocorrendo, pode fugir para onde quer que seja. Não fugindo para outro país, a gente encontra", reafirmou a delegada.
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