MARINA CINTRA
Da Redação
A jovem trans Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, se encontrou com o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, em um posto de combustível antes de ser morta pelo suspeito na noite da última segunda-feira (15). A vítima fazia programas sexuais. Preso nesta terça-feira (16), ele confessou o crime ao delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, responsável pela investigação do homicídio.
De acordo com informações publicadas pelo G1, Jorlan e Mayla passaram a se encontrar depois que a esposa do empresário saiu de férias da cidade de Lucas do Rio Verde, para outro Estado do país.
Familiares e amigos próximos a Mayla contaram também ao g1 que a jovem estava sendo ameaçada por Jorlan, após ela contar que pretendia voltar a Várzea Grande, cidade onde vivia anteriormente. O empresário não aceitava o fato que a jovem fosse embora da cidade.
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Em conversa com jornalistas, o delegado João Antônio contou que, após entrar no carro com Jorlan, Mayla compartilhou uma foto da placa do carro do empresário com pessoas próximas.
O empresário levou a jovem para sua casa. Na residência, após um desentendimento, ele matou a vítima no quintal da casa usando uma faca de churrasco. O suspeito alegou que matou devido a discussão, mas a polícia desconfia da versão e apura a real motivação do crime.
Em seguida, ele levou o corpo até a lavoura de uma fazenda próximo a divisa de Lucas do Rio Verde com Sorriso. Foi quando trabalhadores rurais viram a lona, se aproximaram, puxaram o plástico e acionaram o corpo. A polícia foi acionada em seguida.
O carro usado para pegar a vítima no posto de combustível e remoção do corpo foi encontrado em um lava-jato para ser limpo. O delegado acredita que ele queria eliminar os vestígios do crime do veículo. As roupas, que estariam sujas de sangue, já tinham sido lavadas pelo suspeito.
“Não há dúvidas para a Polícia Civil de que ele, de fato, é o autor do crime. Inclusive foi apreendido a lona de piscina que ele fala que era da filha, a faca utilizada, as roupas e o carro lavados para apagar qualquer vestígio no veículo”, afirmou o delegado.
or meio de nota, a esposa de Jorlan diz que solidariza com a família da jovem e esclarece que não estava no município há cerca de um mês. Ela ainda informa que, após tomar ciência dos fatos, buscou retornar imediatamente à cidade.
O veículo e a arma utilizados no homicídio foram apreendidos e encaminhados para a perícia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O suspeito foi preso em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O procedimento policial foi encaminhado à Justiça, com o pedido de prisão preventiva.
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