DA REDAÇÃO
O soldado da Polícia Militar preso nesta quinta-feira (25), em Cuiabá, suspeito de desenterrar drogas e armas a mando de um membro do Comando Vermelho que está detido na Penitenciária Central do Estado, é proprietário de uma loja de suplementos, a "Sarate Suplementos", e foi condenado a 14 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão pelos crimes de roubo majorado, extorsão e associação criminosa.
A loja de suplementos fica localizada no bairro Pedra 90, mesma região em que, em uma propriedade rural, o soldado teria realizado o serviço para o faccionado. Nas redes sociais, há diversas fotos e vídeos do suspeito e clientes expondo os produtos vendidos pelo estabelecimento.
Os crimes sob os quais Romeu cumpre pena foram cometidos em janeiro de 2017. Na ocasião, o PM estava na companhia de um policial civil, Marcos da Conceição Amorim, que foi demitido da corporação em 2021, e um terceiro envolvido, Matheus Hund Martins.
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O trio foi preso em flagrante após extorquir R$ 1,5 mil de uma pessoa durante a noite no bairro Costa Verde, em Várzea Grande. A denúncia foi feita por uma moradora que, ao encontrar uma viatura da PM, contou que o trio chegou em um veículo modelo Fiat Siena vermelho na casa de sua tia e não permitiu que outras pessoas entrassem na residência.
O motivo da extorsão não foi revelado no processo, mas os autos mostram que os condenados ameaçaram a vítima com armas de fogo alegando serem policiais civis e ordenando que fossem entregues "dinheiros, armas e ouro".
"Os denunciados adentraram à residência das vítimas e, de arma em punho, simulando ser uma abordagem policial, passaram a exigir 'dinheiros, armas e ouro'. Os denunciados, por diversas vezes, ameaçaram as vítimas de morte, enquanto vasculharam todo o imóvel em busca dos bens exigidos. Durante a ação delituosa, a vítima realizou contato com familiares que, por sua vez, acionaram a Polícia Militar", revela o trecho do processo.
Enquanto Romeu ficou sob custódia no 10º Batalhão da Polícia Militar, onde é lotado, Marcos foi conduzido ao Centro de Custódia da Capital e Matheus, para um presídio comum.
A defesa de Romeu entrou com um pedido de Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça após ter recursos negados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso por meio da vice-presidente do tribunal, Maria Aparecida Reibeiro. Assim como no TJMT, o STJ, através do ministro Felix Fischer, relator do processo, também indeferiu o recurso.
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