ALLAN PEREIRA
Da Redação
O delegado da Polícia Federal Roberto Moreira da Silva Filho, de 35 anos, morreu durante uma operação contra madeireiros ilegais em terras indígenas do município de Aripuanã (a 1.002 km de Cuiabá). A morte aconteceu nesta sexta-feira (26).
Informações preliminares da Polícia Federal apontam que Roberto foi atingido por um disparo de arma de fogo, que foi efetuado pelos próprios policiais federais, durante uma das ações da Operação Onipresente.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o delegado estava junto com uma equipe realizando uma ação de abordagem de madeireiros e caminhoneiros.
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Os federais deram ordem de parada para um madeireiro em um caminhão, mas ele não parou e ainda jogou o veículo para cima dos policiais.
Para se defenderem, os federais realizaram disparos de arma contra o caminhão, sendo que um dos tiros ricocheteou e atingiu o delegado.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal ressalta que o madeireiro no caminhão não chegou a realizar nenhum disparo.
A Operação Onipresente, que está em andamento desde o início de junho deste ano, é uma parceria da PF com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para combater o desmatamento ilegal na Terra Indígena Aripuanã.
Segundo a PF, a área muito extensa de desmatamento conta com estradas que vão de Aripuanã até Rondônia dentro da terra tndígena.
"Calcula-se que todos os dias saem dessa área de desmatamento pelo menos 10 caminhões carregados de toras de alto valor", diz trecho do comunicado da PF.
Natural de Brasília, Roberto estava em Mato Grosso há pouco mais de um ano e era chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, onde fazia o combate a crimes ambientais na região norte de Mato Grosso.
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