ALLAN PEREIRA
Da Redação
O lulista Edno de Abadia Borges, de 60 anos, apontado como assassino do bolsonarista Valter Fernando da Silva após discussão por divergência política em um bar de Jaciara (a 144 km de Cuiabá), atraiu a vítima para fora do estabelecimento para ser morto.
Ao Midiajur, o delegado José Ramon Leite, responsável pela investigação do homicídio, aponta que a ação de Edno pode configurar como uma emboscada.
"Pode configurar como emboscada porque o suspeito atraiu a vítima para o lado de fora e desferiu dois tiros no abdômen da vítima", completou o delegado.
Valter era defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Edno é apoiador do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Segundo o delegado, os dois faziam uso de bebida alcoólica e discutiam, de forma acalorada, sobre o política em um bar no distrito de Celma, zona rural de Jaciara.
Ramon explica que não se sabe com precisão se houve algo em particular que despertou a fúria de Edno. Mas as testemunhas do homicídio, que foram ouvidas pele delegado, apontam que o suspeito chamou a vítima para fora do bar. Minutos depois, os clientes do estabelecimento ouviram os disparos de arma de fogo e os pneus da caminhonte fugindo em disparada do estabelecimento.
Valter foi encontrado desacordado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local do crime. O corpo foi recolhido para exame de necropsia.
O suspeito Edno abandonou a caminhonete cerca de 10 km do distrito. Ele ainda não foi localizado. Policiais civis e militares estão em diligências para fazer a captura do principal suspeito do crime.
Enquanto era feita a apreensão do carro do suspeito, dois homens passaram por uma equipe da Polícia Militar. Eles demonstraram atitude suspeita e foram abordados pelos militares. Após serem questionados, entraram em contradições nas respostas, mas a dupla confessou que estava atrás de Edno para dar apoio na fuga até Campo Verde.
A Polícia Militar havia identificado os dois como irmãos. Mas, segundo o delegado José Ramon, os individíuos são filho e amigo do suspeito. Eles foram ouvidos e liberados pela autoridade policial por não terem sido flagrados em situação de crime.
O delegado ressalta ainda que o homicídio por divergência política é uma motivação fútil.
"A nossa Constituição Federal assegura o pluralismo político. Cada um tem a liberdade de defender quem seja, direita ou esquerda ou centro. Todo mundo pode ser da posição política que lhe aprover", disse o delegado.
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Wagner 21/03/2023
O interessante é que isso não aparece na mídia nacional. Se fosse o contrário seria uma celeuma. A imprensa no Brasil apodreceu. Quanto ao crime, o que esperar de quem vota em criminoso? Um gambá cheira o outro
marcos correia 21/03/2023
Toda forma de violência tem que ser combatida.. não importa se praticada por lulistas ou bolsonaristas...
Ellen Luiza Gomes de Araujo e Rabelo Pin 21/03/2023
Pacificação Política. Nada justifica um homicídio. Nem os Lulistas, Petistas ou Esquerdistas apoiam atitudes violentas. Já ganhamos as eleições...deixa os cafhonas falarem...
3 comentários