Afrânio Silva
Documentos que o site Midiajur teve acesso com exclusividade mostram que em setembro de 2022, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Lucas do Rio Verde gastou mais de R$ 35 mil em energia elétrica sem utilizar o serviço.
O SAAE assinou o chamado "Contrado de Demanda", em que a a empresa pública ou privada, prevê um valor de consumo de Kilowatt por mês. Em muitos casos, como ocorre em Lucas, o consumo é muito menor. Mesmo assim, por obrigação contratual, o valor a ser pago deve ser o estipulado no limite de consumo.
No SAAE de Lucas foram feitos 10 contratos para 10 unidades consumidoras diferentes. Na maioria das unidades, exceto uma, houve subutilização de energia elétrica. Com isso, a autarquia pagou a Energisa sem efetivamente consumir toda energia elétrica contratada. A reportagem analisou as contas das 10 unidades de setembro de 2022.
Em uma das unidades consumidoras por exemplo, o valor pago para Energisa foi de R$ 54.472,43. Desse total, R$ 15.974,63 era de demanda contratada não utilizada, quase 30% da conta.
Em outro caso absurdo, a unidade consumidora pagou R$ 14.787,94 à conssessionária, sendo que R$12.548,21 (84,8%) foi apenas de demanda contratada não utilizada
Demanda contratada
A expressão "Demanda contratada" é usada quando um contrato é firmado com a distribuidora para estabelecer a demanda de potência necessária para que a empresa funcione plenamente, principalmente quando estiver operando com sua capacidade máxima.
Quando a empresa não utiliza a demanda contratada total, ela assim mesmo tem que pagar pelo montante não utilizado pois a conssessionária disponibilizou aquela demanda pra ele. Por isso a importância de se calcular qual a real necessidade da demanda na empresa.
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