BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO
Um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado, divulgado nesta quinta-feira (19), identificou que 5.943 servidores públicos municipais receberam o auxílio emergencial indevidamente.
O benefício foi liberado pelo Governo Federal para ajudar trabalhadores informais, microempreendedores, desempregados e mães que sustentam a família durante a pandemia de Covid-19.
O estudo, que foi realizado pela Secretaria de Controle Externo (Secex) de Atos de Pessoal do órgão, mostrou que R$ 11,6 milhões foram pagos indevidamente aos servidores.
Do total, 4.665 pessoas receberam a parcela de R$ 600, representando 79% do total, enquanto que 1.248 servidores receberam R$ 1.200, valor referente a duas contas, que é destinado a mãe provedora da família.
Dos 140 municípios de Mato Grosso, 131 possuem servidores que receberam o auxílio do Governo. Essa fatia representa 93,5% do total de cidades do Estado.
Várzea Grande foi o Município com maior quantidade de servidores beneficiados com o auxílio emergencial, sendo 658 pessoas no total, perfazendo R$ 1.116.600.
No entanto, Rondonópolis foi a que mais recebeu dinheiro do auxílio, sendo um total de R$ 1.143.000, mas ao todo foram 472 agente públicos beneficiados.
Por outro lado, dos quase 6 mil servidores que receberam o auxílio, 2.627 estão inscritos no Cadastro Único, sendo 44,2%, e 796 são beneficiários do Bolsa Família, com 13,3%.
Conforme o TCE, isso indica que o auxílio emergencial pode ter sido gerado automaticamente para 57,6% dos servidores municipais em Mato Grosso.
O levantamento
Para fazer o estudo, o TCE utilizou o sistema Radar Pessoal e dados do Governo Federal, onde cruzou eletronicamente as informações dessas bases.
Para isso, o órgão fez uso do nome dos beneficiários e os números do CPF disponíveis no banco de dados do auxílio emergencial.
Fizeram parte da amostra os dados das folhas de pagamento dos meses de abril e maio de 2020, encaminhados até 29 de junho de 2020, excluídas as rubricas de rescisão.
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