JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO
A Justiça Federal marcou, para o próximo dia 24 de fevereiro, o julgamento do empresário Josino Pereira Guimarães, acusado de ser o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques de Amaral, em 1999.
O novo júri será realizado porque o Tribunal Regional Federal (TRF) deu provimento à apelação do Ministério Público Federal (MPF), para que fosse determinada a anulação do julgamento realizado em novembro de 2011, no qual o empresário foi absolvido.
A sessão será presidida pelo juiz Paulo Cézar Alves Sodré, titular da 7ª Vara Federal, e acontecerá no auditório da sede da seção Judiciária Federal de Mato Grosso, na Avenida do CPA, a partir das 9h.
Josino Guimarães foi indiciado e responde o processo em liberdade.
Ele sempre negou ter qualquer envolvimento no crime e conseguiu, na época, uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a ação que tramitava na Justiça Federal contra ele.
O crime
O juiz Leopoldino Marques de Amaral foi assassinado no dia 7 de setembro de 1999. O corpo dele estava carbonizado e com ferimentos a bala.
Leopodino afirmava que estava sofrendo ameaças de morte e, menos de um mês após as denúncias, foi encontrado morto em Concépcion, no Paraguai, próximo à fronteira com o Brasil. O caso nunca foi totalmente esclarecido.
O magistrado denunciou à CPI do Judiciário, em 1999, a distribuição de verbas para desembargadores, a contratação ilegal de parentes e a suposta existência de um esquema de vendas de sentenças na Justiça Estadual.
As investigações da Polícia Federal levaram à prisão, na época, da ex-escrevente Beatriz Árias Paniágua, como coautora do crime; do tio dela, Marcos Peralta, como autor do assassinato; e de Josino Guimarães, como mandante.
Beatriz Árias foi condenada a 12 anos de prisão em 2001. Depois de cumprir dois terços da pena, ela conseguiu o livramento condicional e deixou o Presídio Feminino Ana Maria do Couto.
Marcos Peralta, tio da ex-escrevente, foi preso em Assunção, capital do Paraguai, no fim de setembro de 2001. Ele foi apontado como o autor do assassinato.
Peralta morreu no dia 1º de março de 2005, enquanto estava preso, por complicações causadas por diabetes.
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