LETICIA AVALOS
Da Redação

Após divergências entre parlamentares sobre qual deve ser o nome do Hospital Central de Alta Complexidade, em Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), sugeriu que seja a população a escolher quem homenagear. “Eu quero propor aos deputados se a gente consegue fazer algum chamamento, alguma enquete e deixar a população cuiabana opinar. Talvez seria o ideal”, disse à imprensa nesta quarta-feira (9).

Após 34 anos abandonada, a obra está 98% concluída e deve ser aberta ao público até setembro deste ano. Na iminência da inauguração, a discussão sobre a nomenclatura do hospital voltou à tona e se acirrou na ALMT.

Em agosto de 2020, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) havia protocolado um Projeto de Lei que sugere o nome “Hospital Central Pastor Sebastião Rodrigues de Souza” à unidade de saúde. A sugestão é uma homenagem ao líder da igreja Assembleia de Deus em Mato Grosso, que faleceu de Covid-19 cerca de um mês antes.

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Na justificativa, Thiago argumentou que o pastor foi uma liderança importante para a comunidade evangélica e atribuiu a ele o mérito pela construção do Grande Templo, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, considerado o segundo maior da América Latina. Entre elogios ao religioso, o deputado não mencionou no texto qual a relação do legado de Sebastião com a área da saúde.

Questionado pelo MidiaJur, o deputado Sebastião Rezende alegou que o pastor fundou a Sociedade Beneficente Evangelística (SBE), uma instituição que presta serviços de saúde com valor social.

Em novembro de 2020, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) também propôs um nome ao Hospital Central: “Dr. Benedito Vieira de Figueiredo - DR. BENÉ”. Para Wilson, o médico merece ser homenageado por ter sido o primeiro dermatologista do Estado, além de ter ocupado cargos relevantes como secretário de Governo e líder de associações, conselhos e comissões de saúde.

Dr. Bené também teria sido um dos fundadores do Pronto Socorro de Cuiabá, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do curso de Medicina, todos no ano de 1969.

Max Russi defendeu que deixar a decisão nas mãos da população é uma forma de encontrar um “meio-termo”, mas ainda não sabe qual seria a melhor ferramenta para realizar a votação.

Além do nome da estrutura principal, algumas alas do hospital também vão homenagear 'personalidades' ligadas à área da Saúde no Estado.

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