ALLAN PEREIRA
Da Redação
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou conceder uma liminar para tirar a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo da prisão. A decisão é desta segunda-feira (15).
Para a Polícia Civil de Mato Grosso, Maria Angélica é a principal suspeita da mandante do homicídio do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em frente a seu escritório na Capital. Atualmente, a empresária está presa, de forma temporária, na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
A defesa da empresária argumentou, em um pedido de habeas corpus, que a prisão não é necessária para as investigações, que é mãe de uma criança de 4 anos e que cuida dos pais, sendo que um sofre do Mal de Alzheimer.
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“Ainda que fosse imprescindível a prisão temporária da paciente para as investigações policiais, o que não é o caso, na fase atual das investigações, os requisitos para a medida cautelar extrema se encontram superadas, uma vez que seu depoimento já foi colhido, suas armas entregues às Autoridades, seu passaporte recolhido e seu celular entregue para a perícia", destacou.
Na decisão, a ministra Maria Thereza destacou que a decisão da Justiça mato-grossense está dentro do padrão e que não pode analisar o recurso, pois o Tribunal de Justiça de Mato Grosso ainda não julgou o mérito do caso.
Além da empresária, estão presos o instrutor de tiros Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que foram presos em Minas Gerais. No dia 23 de dezembro, os três foram transferidos com autorização judicial para Cuiabá.
Nesta segunda-feira (15). uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas. Ele é suspeito de financiar o assassinato do advogado. Já são quatro presos no caso do homicídio do advogado.
A investigação da DHPP apontou que Antônio foi o autor dos tiros que matou Roberto Zampieri. O pedreiro foi contratado pelo instrutor Hedilerson, que intermediou o crime a mando da empresária Maria Angélica. O instrutor também teria fornecido a arma para o pedreiro matar o advogado.
O delegado Edison Pick, que lidera as investigações, apontou, em coletiva de imprensa no ano passado, que a motivação do homicídio pode estar ligada a uma disputa por terras entre Maria Angélica e um homem que é defendido por Zampieri. Antes, o advogado defendia a empresária. Mas, durante algum momento da disputa judicial, Roberto Zampieri mudou de lado e passou a defender o adversário - o motivo de trocar de lado não foi apontado.
Segundo apurado pelo Midiajur, o advogado representava o empresário Evelci de Rossi em uma ação de reintegração de posse que tramita na Vara Única de Ribeirão Cascalheira. A ação foi proposta por Evelci contra Maria Angélica Caixeta Gontijo e os pais dela, Maria de Fátima Caixeta Borges Gontijo e João Moreira Gontijo. O processo envolvia a disputa por uma área chamada "Fazenda Lago Azul" no município mato-grossense.
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