ALLAN PEREIRA
Da Redação
O traficante Thiago Pereira da Silva, de 34 anos, preso pela Polícia Federal na Operação Intocável, na manhã desta quarta-feira (2), se internou no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, quando pegou covid-19 (a doença causada pelo coronavírus).
A identificação do suspeito foi divulgada pelo Gazeta Digital e confirmada pela reportagem do Midiajur. Já a informação sobre a internação foi revelada pela PF.
De acordo com a Polícia Federal, Thiago é líder de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região Oeste de Mato Grosso.
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O nome da operação faz referência a ele, que acreditava ser intocável e inalcançável pelas forças de Segurança Pública e se gabava desse fato dizendo que nem a Polícia Federal poderia pegá-lo.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais federais encontraram fuzis com lanternas, diversos tipos de armas de fogos de grosso calibre e facas, além de cofres e esconderijos para dinheiro.
Reprodução
A Polícia Federal esteve em propriedades rurais ligadas ao grupo liderado Thiago Pereira da Silva
A PF aponta que ele está ligado a vários crimes de tráficos de drogas desde 2010. Apreensões de entorpecentes realizadas por forças policiais, nos anos seguintes, conseguiram chegar a ele como o principal articulador do transporte ilegal. Além de tráfico e lavagem de dinheiro, ele também está ligado a crimes de homicídios.
Em um dos casos, as investigações da PF apuraram que essa liderança mandou matar uma pessoa que roubou um carro de alto padrão, que estava sendo preparado com fundos falsos e esconderijos para o transporte das drogas.
Os policiais identificaram também que o suspeito tinha um padrão de ostentação com porsches, veículos e viagens de luxo. Segundo a PF, ele teria feito uma viagem para Europa, passou um único dia, gastou muito e voltou para o Brasil.
Os policiais federais cumprem 17 ordens judiciais, sendo quatro de prisão e 13 de busca e apreensão, nas cidades de Mirassol D'Oeste, Porto Esperidião e Sapezal.
Foram expedidas também ordens de sequestro de bens e valores de bens móveis e imóveis, incluindo veículos, aeronaves, bovinos, fazendas e aeronaves pertencentes ao principal investigado da operação, que estavam registrados em nome de terceiros e familiares. Empresas usadas para lavar dinheiro do grupo também foram interditadas pelos policiais.
A operação contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE/MT) e do 17º Batalhão de Polícia Militar de Mirassol d’Oeste-MT.
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