Nickolly Vilela, Da Redação
Um homem identificado como José Acemar de Brito foi preso na noite desta terça-feira (8) acusado de integrar uma facção criminosa responsável por roubos à residências e comércios de Cuiabá e Várzea Grande. Ele se passava por motorista do aplicativo de transporte Uber para monitorar a rotina das famílias e ficar de tocaia enquanto os crimes eram cometidos.
Conforme informações obtidas pelo MidiaJur, uma família de empresários foi assaltada e mantida em cárcere privado por algumas horas, na segunda-feira (7), em Várzea Grande, pela quadrilha que José Acemar integra. Na ocasião, jóias, dinheiro, chaves de carro e outros itens pessoais foram levados.
A família acionou a polícia, que logo começou as investigações para chegar até a quadrilha. Uma vizinha das vítimas presenciou o carro Sandero, conduzido por José Acemar, rondando a região na semana anterior ao crime. Minutos antes do assalto começar, a mesma vizinha viu o carro conduzido por José Acemar servir de apoio, dando voltas no quarteirão, enquanto o crime era cometido.
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Em depoimento, uma das vítimas relatou que ao entrar com a babá na residência, três comparsas de José Acemar, armados, renderam todos os membros da família e exigiam pelo menos R$ 20 mil reais de transferência via pix. A família temia pela vida dos bebês recém nascidos, de apenas 25 dias, e logo liberaram o aparelho para que os criminosos fizessem a transferência.
“A vítima afirmou que os criminosos demonstravam que haviam monitorado previamente a rotina de sua família, pois já chegaram dizendo que sabiam que eram empresários.” diz trecho do documento.
Com a descrição e placa do veículo conduzido por José Acemar, a polícia conseguiu localiza-lo e encontrou também um dos comparsas do crime, identificado como Kennedy da Silva Geraldo, conhecido como “Neguinho do Pedra”. A vítima reconheceu Kennedy como um dos responsáveis pelo assalto.
A polícia afirma que José Acemar de Brito é um “integrante estratégico da associação criminosa, pois usa o álibi de uber para monitorar os locais onde irão roubar, pois caso seja abordado, alega que está aguardando um passageiro e, quando leva os comparsas aos locais do roubo e dá fuga, também alegar estar fazendo uma corrida.”
A polícia ressalta também que a liberdade de José Acemar é um risco até para os verdadeiros passageiros, pois ele pode monitorar as casas indistintamente e sequestrar passageiros. Acemar também possui registros criminais pela prática de furto e homicídio culposo.
José Acemar e Kennedy foram presos em flagrante. Outros dois comparsas não foram localizados. A Polícia Civil investiga o caso.
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