ALLAN PEREIRA E NICKOLLY VILELA
Da Redação
O suspeito Sérgio Ricardo da Silva, apontado como autor da morte da esposa corretora de imóveis Marlene Aparecida dos Reis em Sinop (a 500 km de Cuiabá), havia colocado um rastreador no carro da vítima.
A informação foi divulgada pela titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso (DEDM), delegada Renata Evangelista, que acredita que o feminicídio tenha sido premeditado.
"Ele premeditou sim por que ele estava perseguindo a vítima fazia cerca de um mês. Ele tinha colocado um rastreador no carro dela e, no dia do crime, acompanhou todo o trajeto e pediu para que um sobrinho fosse até onde ela estava, inclusive para que fizesse fotos para confirmar que ela estaria lá. E daí que subtende-se que ele já tinha a ideia de praticar algum crime contra ela", disse a delegada à jornalistas.
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Segundo a delegada, o carro de Marlene ainda não foi localizado, mas o aparelho rastreador sim. O suspeito havia dispensado o equipamento em um posto de gasolina. Renata informa que ele passará por perícia.
A autoridade conta também que o principal motivo para Sérgio ter matado a mulher foi por ciúmes e também por não aceitar o término da relação, que estava em vias de separação.
"Tem relatos de parentes dizendo que ela já tinha tentando se desvencilhar dele há algum tempo, e ele não aceitava o fim da relação. É aquela velha máxima 'se não é minha, não vai ser de mais ninguém'. Ele estava prendendo ela desde que tinha feito uma cirurgia plástica, que tinha aumentado o ciúme dele", diz.
Renata detalha que ainda não se sabe da dinâmica do feminicídio da corretora. Mas, segundo análise preliminar da perícia, Marlene foi morta por asfixia e, possivelmente mesmo sem vida, foi alvejada com um disparo de arma de fogo na cabeça.
A delegada aponta que não há dúvidas de que Sérgio seja o autor da morte de Marlene e que, apesar do inquérito não estar concluído, ele será indiciado por feminicídio qualificado por motivo torpe.
Sérgio se apresentou ao DEDM na manhã desta segunda-feira (10), acompanhado de uma advogada, e ficou em silêncio durante a oitiva. Ele recebeu voz de prisão por conta da decisão judicial, que autorizou a prisão preventiva.
Após a comunicação feita pela filha da vítima, uma equipe da Delegacia da Mulher fez diligências e localizou o corpo de Marlene em uma estrada próximo à MT-438. O caso segue sob investigação.
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