MARINA CINTRA
Da Redação
O empresário Jorlan Cristiano Ferreira e Marcelo Ochoa de Freitas, de 44 e 46 anos respectivamente, foram indiciados pela delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde, na última semana.
Jorlan foi indiciado pela morte da jovem trans Mayla Rafaela Martins, e Marcelo pelo assassinato de sua ex-mulher Francisca Alves do Nascimento. As vítimas tinham 22 e 35 anos, respectivamente. Ambas foram mortas no mesmo dia - 15 de janeiro.
Segundo a Polícia Civil, após a conclusão das investigações, a delegada Ana verificou que Jorlan e Marcelo incorreram no crime de homicídio qualificado (cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino no contexto da violência doméstica) e ocultação de cadáver.
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De acordo com familiares de Mayla, Jorlan matou a jovem por não aceitar que ela voltasse para Várzea Grande, cidade onde vivia anteriormente. Ele passou a ameaçá-la. No dia do crime, o empresário a pegou um posto de combustível, levou para casa, matou-a com uma faca de churrasco, enrolou o corpo em um lona de piscina infantil e jogou o corpo em uma área de lavoura.
À polícia, o empresário alegou que matou Mayla em legítima defesa, pois a vítima teria tentado roubar dinheiro dele.
Já Francisca Alves do Nascimento foi morta à facadas pelo ex-companheiro Marcelo na primeira quinzena deste mês. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que o suspeito se aproxima e desfere vários golpes na vítima. O autor do crime foi segurado por testemunhas para não fugir até a chegada da Polícia Militar.
Em depoimento à Polícia Civil, o feminicida culpou a vítima pela própria morte, dizendo que não premeditou o crime e que ela não teria morrido se não tivesse ido até ele.
Os inquéritos foram encaminhados ao Ministério Público, que podem incluir mais crimes contra os indiciados e denunciá-los a Justiça para responder criminalmente pelas mortes das mulheres. Os dois continuam presos.
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