Nickolly Vilela, Da Redação
Luiz Felipe Gomes de Arruda, preso nesta terça-feira (22) suspeito de integrar uma quadrilha que roubava gado no município de Rosário Oeste (104 km de Cuiabá), cumpria ordens de um detento. Em depoimento, o enteado do prefeito de Poconé disse que sua participação na quadrilha era de providenciar o transporte do gado e repassar os lucros da venda para “Revoltado”, que cumpre pena em um presídio do estado.
As 130 cabeças de gado negociadas por Luiz Felipe foram roubadas na Fazenda São Clemente, em Rosário Oeste. Os suspeitos renderam um funcionário da fazenda e levaram um caminhão boiadeiro, uma carreta boiadeiro de dois andares e um veículo S10, cor prata, além do gado.
A polícia encontrou Luiz Felipe após uma denúncia, que indicou que o enteado do prefeito negociava o gado com a marca EVS. Com o suspeito, foram encontradas armas, dinheiro, telefones celulares, um carro e munições. Uma das armas que estava com Luiz Felipe pertence à Polícia Militar de Mato Grosso, segundo informações obtidas pelo Midiajur.
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Em depoimento, o suspeito disse não ter participado do roubo. Ele contou que sua função na quadrilha era a de fornecer o transporte para as 130 cabeças de gado roubadas, vender e repassar os lucros para a conta de Esthefane Campos dos Santos, que é namorada do detento Janderson Jales da Silva, conhecido como “Revoltado”. Jales cumpre pena em um presídio do estado desde o dia 7 de outubro.
O enteado do prefeito disse também que fez transferências, a pedido de Janderson, via pix no valor total de R$ 36 mil reais para outra comparsa identificada como Sabrina. Ainda segundo o suspeito, "Revoltado" coordenava de dentro do presídio as ações da quadrilha, tendo acertado o frete e pago os custos diretamente com o carreteiro.
Esthefane Campos dos Santos foi presa em Várzea Grande. No momento em que ela avistou os policiais, jogou o celular dela no chão em uma tentativa de ocultar provas. Os dois foram presos por formação de quadrilha, sequestro, roubo e receptação. Eles permanecem presos à espera de um julgamento. A polícia já pediu para que a prisão em flagrante seja convertida em prisão preventiva.
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