LÁZARO THOR E MIKHAIL FAVALESSA
Nos últimos três anos, detentos de Mato Grosso violaram tornozeleiras eletrônicas mais de 19 mil vezes, de acordo com dados obtidos pela reportagem do Midiajur com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Os números obtidos pela reportagem expõem falhas de um sistema de monitoramente e medida cautelar de reeducandos que, quando foi instaurado, era vendido como a "solução" para a superlotação dos presídios no estado.
Tornozeleiras eletrônicas em todo estado de Mato Grosso foram violadas 19.326 vezes, somando as violações que ocorreram nos anos de 2019, 2020 e 2021. Na maioria das vezes, as violações são reincidentes.
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Em 2019, o número de violações de tornozeleiras eletrônicas foi de 4.525. O dado indica que cerca de 12 tornozeleiras foram violadas por dia naquele ano.
Em 2020, as violações registradas subiram para 5083. A média de violações, com isso, subiu para 13 tornozeleiras por dia que sofreram algum tipo de alteração em seu pleno funcionamento.
Em 2021, último ano dos dados recebidos pelo Midiajur, as violações chegaram a um volume ainda mais alto comparado aos anos anteriores: foram 9718 violações naquele ano. O número representaria cerca de 26 violações por dia.
De 2019 a 2021, o aumento percentual de violações de tornozeleiras foi de 119%. Os dados de violações citadas no levantamento não dizem respeito apenas a rompimento da pulseira, mas também a outras falhas no pleno funcionamento, como bateria descarregada e descuido com o material de monitoramento.
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Francisco de Assis souza 24/09/2022
Agosto do jornal e muito bom também são verdadeiras noticia
1 comentários