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GERAL Quinta-feira, 27 de Agosto de 2015, 14:41 - A | A

27 de Agosto de 2015, 14h:41 - A | A

GERAL / DISPUTA À PRESIDÊNCIA

Capilé se licencia de cargo na OAB; Campos diz que cumprirá mandato

Ambos os candidatos, porém, defendem que as eleições da OAB sejam limpas

ALLAN PEREIRA
DA REDAÇÃO



“Eu entendo que o licenciamento de desincompatibilização deve ser requisitado. Primeiro em decorrência da própria impessoalidade. Segundo em decorrência da moralidade e da ética, e deve considerar também o próprio anseio social, que enxerga na OAB um exemplo a ser seguido, então, não podemos dar mau exemplo para a sociedade”.

A fala é do advogado situacionista Fabio Capilé, pré-candidato a presidência da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB/MT), que defende o licenciamento dos cargos dos candidatos para concorrer às eleições da entidade.

O próprio apresentou o pedido de desincompatibilização do cargo de presidente da Comissão de Saúde, nesta quinta (27), em sessão do Conselho Pleno da OAB/MT. Antes dele, a então vice-presidente da entidade, advogada Cláudia Aquino, também se licenciou para disputar à presidência.

"É ela [advocacia] que vai julgar e vai estabelecer nas urnas o aspecto de quem está agindo de forma correta ou não"



Fábio Capilé afirmou que assim o fez, pois a Ordem possui representantes de todas as localidades do Estado, o que, em tese, "representaria todo o anseio da advocacia regional".

"Então, através dessa representatividade, eu apresentei o pedido para que todos os advogados tomem ao mesmo tempo conhecimento da minha desincompatibilização”, alegou.

O advogado também se posicionou contra a boca de urna e classificou tal prática como um “processo constrangedor”.

“Assim, como sou contra a todos os procedimentos que venham ferir eventuais questões morais e legais. Todos têm que ter essa conscientização. Todos! Mas a partir do momento que você abrir para um, isso vai criar um ferimento a isonomia, a igualdade de condições. Então, eu creio que todos esses elementos devem partir dos candidatos”, acrescentou.

Fabio Capilé ainda disse que a advocacia já vem sentido há algum tempo uma desigualdade de disputa entre os candidatos e, inclusive, que a classe “já tem se manifestado acerca da utilização da máquina [OAB/MT]” para favorecer as campanhas dos concorrentes.

O pré-candidato preferiu não citar nomes dos concorrentes que estariam a usar a máquina, mas disse que “a própria advocacia já vem se manifestando, e é ela que vai julgar e vai estabelecer nas urnas o aspecto de quem está agindo de forma correta ou não”.

Na contramão

Bruno Cidade/MidiaNews
“Léo Capataz” disse que irá cumprir o mandato de presidente até o fim

Por outro lado,o presidente da Caixa de Assistência (CAA/MT) e advogado Leonardo Campos, também pré-candidato situacionista a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, reafirmou sua posição contrária a desincompatibilização dos cargos para a disputa das eleições da ordem.

“Fui eleito para cumprir o mandato até o fim. Mas essa questão, nós vamos avaliar quando o processo eleitoral já estiver deflagrado. Quando existir candidatura. E aí, vou me manifestar publicamente sobre isso. Mas, a principio, já deixei claro que fui eleito para ser presidente da Caixa até 31 de dezembro”, rebateu.

Ele também não compartilha da mesma opinião de seus colegas pré-candidatos situacionistas, que preferiram se afastar dos cargos administrativos do qual ocupavam junto a OAB, pois acreditam que os concorrentes devem evitar desigualdade nas campanhas.

"Eu como advogado e legalista que sou, seguirei a risca o que determina a nossa legislação"


Leonardo Campos negou que, permanecendo no cargo, irá haver desequilíbrio de concorrência entre os candidatos à presidência.

“O cargo não é remunerado. Existe uma Comissão Eleitoral que tem o poder, inclusive, de fiscalizar. Então, havendo qualquer abuso por parte do candidato, não só pode como deve ser denunciado”, complementou.

Ele ainda disse que não compactua com a prática dos advogados/candidatos que participam de eventos sociais com o fim de angariar votos.

“Eu como advogado e legalista que sou, seguirei a risca o que determina a nossa legislação”, concluiu.

Leia mais:

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Pio da Silva diz que candidatos da situação não têm propostas


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"Capataz" minimiza apoio de Aude a Cláudia Aquino

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