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GERAL Sábado, 23 de Dezembro de 2023, 16:58 - A | A

23 de Dezembro de 2023, 16h:58 - A | A

GERAL / CASO ZAMPIERI

Apontada como mandante, empresária esteve em Cuiabá um dia antes da execução de advogado, revelam delegados

ALLAN PEREIRA
Da Redação



A empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada pela Polícia Civil de Mato Grosso como mandante do homicídio do advogado Roberto Zampieri, esteve em Cuiabá um dia antes do jurista ser executado em 5 de dezembro. A informação foi revelada pelos delegados Caio Fernando Albuquerque e Edison Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em coletiva de imprensa na tarde deste sábado (23).

Moradora em Patos de Minas e com negócios no interior de Minas Gerais, Maria Angélica chegou em Cuiabá em um Montana, de sua propriedade, conforme os delegados. "É o mesmo veículo que foi constatado pelas câmeras de monitoramento das BRs [rodovias federais] chegando aqui na cidade, no sábado, um dia antes dos fatos", disse o delegado Caio.

Maria Angélica e os outros dois suspeitos do crime, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Antônio Gomes da Silva, foram transferidos de Minas Gerais para Cuiabá neste sábado (23). Sob forte esquema de segurança, os três foram levados até a DHPP para o começo dos interrogatórios. A empresária desceu do carro com um pano preto sobre a cabeça.

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Allan Pereira/Midiajur

apreensões caso homicídio Roberto Zampieri

Armas, celulares, munições e outros objetos apreendido com os suspeitos.

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

O despachante de armas Hedilerson é apontado como intermediador do homicídio a mando de Maria Angélica. Foi ele que contratou o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que era um de seus alunos no clube de tiro, para executar Roberto Zampieri. As suspeitas da polícia é que eles possam ter se reunido no dia anterior à execução.

Sobre a presença da empresária na Capital um dia antes do homicídio, os delegados não quiseram revelar a justificativa apresentada por ela. "Ela vem a versão dela. Ela expôs o motivo pelo qual estava aqui. O que ela disse está gravado e documento, mas reservamos aí para as investigações", ressaltou Caio.

O delegado Edison Pick, que coordena as investigações, disse que as investigações apontaram que Maria Angélica tem uma disputa por terras com um cliente que é defendido por Zampieri. Antes, o advogado defendia a empresária. Mas, durante algum momento da disputa judicial, Roberto Zampieri mudou de lado e passou a defender o adversário - o motivo de trocar de lado não foi apontado.

"A relação deles é confusa. É muito complexa. Não deu tempo hábil ainda de lermos todas as ações que eles tinham em ocmum", explicou Edison sobre a relação entre o suspeito e a vítima.

Segundo apurado pelo Midiajur, o advogado representava o empresário Evelci de Rossi em uma ação de reintegração de posse que tramita na Vara Única de Ribeirão Cascalheira. A ação foi proposta por Evelci contra Maria Angélica Caixeta Gontijo e os pais dela, Maria de Fátima Caixeta Borges Gontijo e João Moreira Gontijo. O processo envolvia a disputa por uma área chamada "Fazenda Lago Azul" no município mato-grossense.

Allan Pereira/Midiajur

Delegados Caio Fernando Alburqueque e Edison Pick

Delegados Caio Fernando Alburquerque e Edison Pick, que prenderam os três suspeitos da morte de Roberto Zampieri, em Minas Gerais.

Edison Pick destaca também que recebeu, durante as investigações, uma denúncia anônima de que Maria Angélica estava vendendo suas fazendas a qualquer preço para ir embora do Brasil. Foi a partir daí que eles se mobilizaram para prendê-la. A Justiça de Mato Grosso aceitou a decisão de conceder a prisão temporária para ela e os outros suspeitos.

Maria Angélica foi presa na quarta-feira (20), na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso e de policiais civis para a delegacia do município.

Ela estava em um posto de combustível, abastecendo o Montana, o mesmo usado para vir a Cuiabá um dia antes do crime, com o esposo e uma filha. No veículo, foi encontrado uma arma. O marido também estava com uma, na residência, havia uma terceira.

Caio disse que ela e o marido eram CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e tinham licenças para portar a arma de fogo pela cidade. Todas as armas estavam regulares, segundo o delegado. As três foram apreendidas e trazidas para Cuiabá - uma delas pode ter matado o advogado.

Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado. Ela e o marido também entregaram seus celulares com senhas para perícia. A empresária também entregou seu passaporte, que estava vencido.

Maria Angélica, Hedilerson Fialho e Antônio Gomes passarão por exames de corpo de delito. A empresária vai para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, e os dois homens para a Penitenciária Central do Estado (PCE). Os três passaram por audiência de custódia, tiveram as prisões confirmadas pela Justiça de Minas Gerais e foram transferidos com autorização judicial para Mato Grosso.

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