ALLAN PEREIRA
Da Redação
Atualizada às 18h36 - A Energisa Mato Grosso pagou R$ 313,1 milhões em dividendos a acionistas da concessionária em novembro do ano passado, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Governo Federal.
Conforme publicado pelo MidiaJur, membros da diretoria da Energisa Mato Grosso, além de integrantes do Conselho de Administração e Conselho Fiscal, receberam mais de R$ 11,7 milhões em remuneração no ano de 2022.
O caixa da concessionária pode ficar mais gordo com a discussão da Revisão Tarifária Periódica na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que pode aumentar o valor da tarifa cobrada pela Energisa do consumidor mato-grossense para uma média de 9,36%. Acionistas da empresa também podem ser beneficiados.
O aumento previsto pela Aneel, com apoio da Energisa MT, é maior do que a inflação de 2022, que fechou em 5,45%, segundo o Índice Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas.
O reajuste deve ser votado e aprovado pelos diretores da Aneel no dia 4 de abril deste ano. A apresentação do percentual se trata de uma de Revisão Tarifária Periódica, que atualiza todos os custos para a produção e distribuição de energia elétrica para o consumidor, em um período de 5 anos.
Dividendos
Dividendos é uma forma de remunerar acionistas de uma empresa. Cada acionista compra uma ação, uma parte da empresa, por um determinado valor e recebe como remuneração os dividendos ao longo do ano.
As cotas da Energisa foram de R$ 1,43 por ação, o que significa dizer que se um acionista tiver mil ações da Energisa MT, ele receberá R$ 1.430 mil em dividendos.
Atualmente, cada ação da Energisa MT custa R$ 80,60, segundo cotação atual da empresa na bolsa de valores. Com isso, o investidor precisaria ter aplicado R$ 80.6 mil em ações da empresa para receber o valor total de R$ 1.430.
Outro lado
Em nota, a concessionária afirmou que a cobrança da tarifa revisada não terá impacto na receita da Energisa MT.
A Energisa esclarece que o resultado da revisão tarifária periódica é uma definição da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, agência federal que regula o setor elétrico no Brasil. Dentro do percentual proposto, a parcela referente à Energisa prevê um impacto negativo de -3,55% na revisão, ou seja, a parcela que fica com a distribuidora está reduzindo. A Empresa ressalta, ainda, que o percentual final da revisão será definido somente em abril, quando passa a valer a nova tarifa.
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