DA FOLHAPRESS - SÃO PAULO
O Palmeiras está perto de alcançar aquele que é seu grande objetivo.
A equipe alviverde é finalista do Mundial, nos Emirados Árabes Unidos, classificação obtida nesta terça-feira (8), com uma vitória por 2 a 0 sobre o Al Ahly, do Egito.
Foi um bom jogo dos comandados de Abel Ferreira no estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi. Raphael Veiga e Dudu se revezaram nos papéis de garçom e artilheiro, comandando o triunfo do campeão sul-americano sobre o campeão africano.
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A decisão está marcada para sábado (12), também em Abu Dhabi, mas no estádio Mohammed Bin Zayed.
O adversário será definido nesta quarta (9) e sairá do confronto entre o inglês Chelsea, campeão europeu, e o saudita Al Hilal, campeão asiático.
Será a chance de o Palmeiras alcançar o título que persegue há anos.
Na edição passada, no Qatar, o time brasileiro deixou a competição sem marcar um gol, perdendo para o mexicano Tigres na semifinal e para o próprio Al Ahly na disputa pelo terceiro lugar.
Desta vez, a formação alviverde soube se impor sobre os africanos. Com boa presença de seus torcedores, maioria no Al Nahyan, pressionou a saída de bola do rival desde o início e se estabeleceu rapidamente no campo de ataque.
Era difícil, no entanto, superar o bloqueio montado por Pitso Mosimane. Na prática, o 3-5-2 armado pelo treinador sul-africano se transformava em um 5-3-2. Os atletas de Abel Ferreira giravam a bola em busca do espaço, que era raro.
O Palmeiras levava mais perigo apertando as arriscadas saídas de bola dos egípcios do que propriamente construindo jogadas. E foi assim que o gol saiu, aos 39 minutos. Após desarme no campo de ataque, Dudu deixou Raphael Veiga na frente do goleiro. Ele não falhou.
Já os africanos tinham uma clara aposta nos contragolpes, que não se materializaram nos primeiros 45 minutos. Então, após o intervalo, eles tiveram de buscar o jogo, cederam os espaços que não ofereciam anteriormente e pagaram o preço.
Aos quatro minutos do segundo tempo, Veiga achou bonito passe de calcanhar para Dudu, que avançou com bastante liberdade pela direita, invadiu a área e acertou um chute forte no ângulo direito de Ali Latfy.
Só em desvantagem de dois gols o Al Ahly começou a atacar com maior perigo. Chegou a balançar a rede, em falha feia de Weverton, mas o sistema de vídeo apontou impedimento de Sherif.
Aos 35, Ashraf foi expulso por entrada dura em Rony. Aí, as chances de reação acabaram.
O Palmeiras, assim, vê próxima taça com que tanto sonha.
O desempenho do clube já é bem melhor do que o do ano passado, em sua primeira tentativa no formato atual do Mundial. Antes, em 1999, perdeu o título intercontinental para o Manchester United.
Os fracassos fizeram os torcedores alviverdes conviverem com uma crescente gozação de que não têm um título mundial -embora muitos deles considerem o triunfo na Copa Rio de 1951 uma conquista dessa grandeza.
Agora, estão a uma vitória de enterrar as provocações.
PALMEIRAS
Weverton; Gustavo Gómez, Luan e Piquerez; Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael (Atuesta) e Gustavo Scarpa (Breno Lopes); Raphael Veiga (Jailson), Dudu (Wesley) e Rony (Deyverson). T.: Abel Ferreira
AL AHLY
Aly Lofty; Ibrahim, Rami Rabia (Fathy) e Ashraf; Mohamed Hany, Aliou Dieng, El Soulia (Abdelkader) e Ali Maaloul; Elshahat (Sherif), Taher Mohamed (Soliman) e Magdy Afsha. T.: Pitso Mosimane
Estádio: Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi (EAU)
Árbitro: Clément Turpin (FRA)
Assistentes: Nicolas Danos (FRA) e Cyril Gringore (FRA)
VAR: Anton Shchetinn (AUS)
Cartões amarelos: Afsha (AHL)
Cartões vermelhos: Ashraf, aos 35'/2ºT (AHL)
Gols: Raphael Veiga (PAL), aos 39'/1ºT; Dudu (PAL), aos 4'/2ºT
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