AMANDA GIL
Do Metrópoles
Aquecendo os motores para mais uma temporada, o vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, deu entrevista para o Metrópoles para falar sobre o primeiro ano do clube na Série A, as contratações para 2022, a busca por um novo treinador e, experiente na gestão de clube-empresa, analisou as recentes mudanças de Cruzeiro e Botafogo.
Dresch avaliou a estreia do Dourado na elite do futebol brasileira como positiva, tendo em vista que o objetivo do time no início da competição era permanecer na Série A e assim o fez.
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“A mudança de divisão é muito radical. Você sair de uma Série B. Um clube como o Cuiabá, novo, que fez 20 anos agora em dezembro do ano passado, e disputar uma Série A que é uma competição totalmente diferente, com uma exposição na mídia muito grande, jogando contra equipe centenárias… O Cuiabá, em 2021, foi a primeira vez que jogou contra o Flamengo, o Corinthians, o São Paulo em um jogo oficial… foi inédito na história do clube”, afirmou.
Questionado sobre as polêmicas envolvendo jogadores do clube em 2021, Cristiano escolheu não comentar sobre Pepê, ex-Flamengo, foi alvo de crítica após fazer uma declaração homofóbica em seu Instagram e Clayson, ex-Corinthians, que acabou demitido após caso de agressão contra uma mulher.
Pepê segue no Dourado e tem contrato para até o fim de junho de 2024.
Com as atenções voltadas para 2022, o mandatário fala com orgulho das contratações feitas para reforçar o elenco.
Até a publicação desta matéria, haviam sido dez nomes, entre eles Rodriguinho e Valdívia, este último com um toque especial e “contrato de produtividade”.
“O Valdívia é um jogador do Mato Grosso, ele mora em Cuiabá, nos últimos anos ele não está bem (dentro de campo)”, disse Cristiano.
“A gente fez um contrato de produtividade com ele, que tem gatilhos que vão fazendo com que o contrato dele seja renovado se ele alcançar essas metas. A gente espera que ele faça uma boa competição aqui, que se ele identifique com o Cuiabá, jogando na terra dele, no estado dele, que ele consiga voltar a jogar o futebol que ele jogou.”
Com “90% do elenco montado”, como garante o vice-presidente, eles ainda querem dois nomes para o ataque e seguem em busca de um comandante.
Em dezembro, o Cuiabá não renovou com Jorginho e está com o cargo aberto desde então.
“Foi uma opção nossa mesmo, uma escolha da diretoria. Ele fez um trabalho muito bem feito, saiu pela porta da frente, mas a gente optou por não renovar”, explicou Dresch sobre a saída de Jorginho.
“No momento, não há nenhuma opção para assumir (o cargo). Hoje, o treinador que a gente busca vai vim pra cá somente ele, o auxiliar técnico dele, que é a pessoa de confiança dele e, se ele quiser ou não, um analista de desempenho, que a gente tem também, dois profissionais dentro do clube e podem prestar o serviço para o treinador”, declarou.
CLUBE-EMPRESA - Clube-empresa desde a sua fundação, o Cuiabá tem experiência de sobra neste quesito e, recentemente, se converteu em SAF (Sociedade Anônima de Futebol), mesmo movimento feito por Cruzeiro e Botafogo.
“Com esta conversão, o clube vai poder ter vários benefícios fiscais que não tinha antes. A gente vai pagar menos imposto, vamos ter uma economia grande no nosso orçamento com o dinheiro que a gente gastava antes com imposto e isso vai refletir muito na nossa competitividade”, celebrou Cristiano que também analisou a situação da Raposa.
“O Cruzeiro é um caso que, se não tivesse a lei da SAF, ia acabar. Ia ser rebaixado para a Série C e ninguém sabe o que ia acontecer com o Cruzeiro. Uma torcida de milhões de pessoas que ia ficar sem clube”, disse.
Ele ainda elogiou a lei da SAF e cravou ser um “caminho inevitável” para os clubes do futebol brasileiro.
Confira a entrevista na íntegra:
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