DA REDAÇÃO
O IV Simpósio Técnico Aprosoja-MT começou, na manhã desta quarta-feira (07.08), no Centro de Eventos do Pantanal, com centenas de produtores, autoridades e público em geral. O evento deste ano tem como tema “Desafios e Estratégias na Agricultura: Integrando Governança e Boas Práticas Agrícolas”, trazendo temas atuais da agricultura mato-grossense.
Diversas autoridades estiveram na abertura, dentre elas o vice-governador Otaviano Pivetta, que relembrou da época que iniciou o plantio de soja em Lucas do Rio Verde, com um trator CBT 1090 e uma plantadeira ‘Egan’, de 9 linhas, que semeava cultivares desenvolvidas em Goiás. Já a colheita era realizada com uma plataforma rígida, que não alcançava as vagens mais baixas.
“Geralmente, a gente tinha que catar na mão o que sobrava da colhedeira”, lembra Pivetta, evidenciando o salto tecnológico dos anos 80 em relação à atualidade, quando Mato Grosso é o maior produtor de soja e milho do Brasil e é referência em tecnologia no campo. O vice-governador também destacou o que o governo pode fazer para ajudar o setor.
“Primeiro, é o governo não atrapalhar”, disse, acrescentando logo em seguida os avanços na infraestrutura feitos pelo governo com recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que sai do bolso dos produtores. Pivetta destacou que, em seis anos da atual gestão, foram entregues mais de 3,5 mil km de rodovias pavimentadas.
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A previsão é de entregar mais 2 mil km de pavimentação nos próximos dois anos. “Ainda falta muito, mas se continuar, se os governos futuros continuarem a investir da forma que está sendo feito nos últimos anos, [...] em 10 anos, Mato Grosso pode fazer toda a infraestrutura que precisa para o setor da agricultura se desenvolver”, enfatizou.
Já o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, ressaltou a programação do evento, que traz desde assuntos relacionados à política agrícola, como a Reforma Tributária, economia e mercado de commodities e os assuntos técnicos, focados “da porteira para dentro” das fazendas.
Lucas ressaltou os resultados das pesquisas feitas pela Aprosoja-MT em seus campos experimentais, no Ctecno Parecis e Ctecno Araguaia, que realizam experimentos em solos predominantemente arenosos e siltosos, respectivamente. Lucas lembrou que, no caso dos solos siltosos, há uma fronteira de cerca de 4 milhões de hectares que podem ser explorados.
“São solos difíceis de trabalhar, mas com manejo correto e adequado, nós podemos explorá-los, isso não traz benefício só para os produtores, mas para o nosso estado, para a nossa sociedade, produzindo ainda mais alimentos e gerando mais divisas, mais arrecadação para serem investidos pelo governo do estado”, destacou Lucas.
Também participaram do evento o presidente da Fiemt, Sílvio Rangel; a deputada federal Gisela Simona; o procurador de Justiça, Adriano Augusto de Souza, representando o chefe do MPE; além do secretário-chefe da Casa Civil de MT, Fábio Garcia; do presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, e o vice-presidente da Abramilho, Zilto Donadello.
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