LAURA NABUCO
DA REDAÇÃO
A greve dos servidores do Poder Judiciário ainda não foi descartada pelo presidente do sindicato que representa a categoria (Sinjusmat), Rosenwall Rodrigues. Segundo ele, apesar da tentativa de negociação pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o indicativo de paralisação previsto para o dia 6 de maio está mantido.
Conforme Rosenwall, a proposta anunciada pelo TJMT na última sexta-feira (19) ainda não foi entregue formalmente. “Fiquei sabendo que vão nos apresentar o documento hoje (quarta-feira, 24) a tarde. Com ele em mãos, vamos suspender a paralisação prevista para o dia 25, mas o indicativo de greve para o dia 6 de maio continua de pé”, disse.
Rondonsewall explicou que a greve só será totalmente descartada se os servidores aceitarem aquilo que foi apresentado pelo TJMT. A avaliação será realizada em assembleias durante a próxima semana.
Se a proposta do Judiciário não for aceita, uma contraproposta deve ser elaborada pelo Sinjusmat. Neste caso, a presidência do TJMT, sob o desembargador Orlando Perri, terá pouco tempo hábil para analisar e adotar uma medida antes da paralisação dos serviços.
O Sinjusmat cobra, principalmente, o cumprimento da lei que instituiu o Sistema de Desenvolvimento de Carreira e Remuneração (SDCR) para os servidores. Com ele, a categoria teria direito a um aumento de aproximadamente 30%, o que representa cerca de R$ 1 mil.
O texto foi aprovado em 2008, mas não chegou a ser colocado em prática. Em 2011, o então presidente do TJMT, desembargador Rubens de Oliveira, assinou um acordo com a categoria. Conforme Rosenwall, no documento estava previsto que não haveria greve no ano seguinte e, em contrapartida, o Judiciário passaria a cumprir a lei a partir de 31 de dezembro de 2012, o que não ocorreu.
Na nova proposta do TJMT estão incluídos o reajuste do auxílio alimentação, pagamentos de licença e abonos, além da progressão de carreiras. Na ocasião da apresentação dos itens, Rosenwall pontuou que parte deles ainda depende de liberação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para serem implantados.
Apesar disso, sinalizou positivamente, visto que Perri viajou na semana passada para Brasília justamente para tratar destas liberações. O sindicalista também pontuou que parte do que foi proposto está em consonância com o que os servidores vêm pleiteando.
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