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JUSTIÇA Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2015, 13:06 - A | A

29 de Janeiro de 2015, 13h:06 - A | A

JUSTIÇA / DÍVIDAS DE R$ 86 MI

Trescinco e Ariel ingressam com pedidos de recuperação judicial

Concessionárias da Volkswagen em Cuiabá e Várzea Grande aguardam decisão da Justiça

LISLAINE DOS ANJOS
DO MIDIANEWS



As concessionárias Trescinco Distribuidora de Automóveis Ltda. e Ariel Automóveis, da Volkswagen, com sedes em Cuiabá e Várzea Grande, respectivamente, ingressaram na Justiça com pedidos de recuperação judicial.

Os pedidos foram feitos à Vara Especializada de Falência e Recuperação de Empresas, na Capital, e na 4ª Vara Cível da Comarca de Várzea Grande, e ainda serão apreciados.

A dívida declarada pela Trescinco é de R$ 58 milhões; já a Ariel Veículos afirma ter passivos de R$ 28 milhões. A Trescinco pertence a Sango Kuramoti, e a Ariel, a Ariadne Kuramoti e Elcie Kuramoti.

À Justiça, as empresas alegaram quedas nas vendas por conta da crise no mercado de veículos e problemas gerados por causa da execução de obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo.

"Não se pode esquecer, ainda, de outro importante fator que vem causando enormes prejuízos ao Grupo Trescinco: a concorrência desleal, nos últimos cinco anos, causada pela entrada de marcas estrangeiras (China, Coréia, Japão) que – em vista de incentivos fiscais exclusivos - colocam seus produtos à venda abaixo do preço de custo, inviabilizando, por consequência, a margem de lucro do Grupo Trescinco"

No caso da Ariel, localizada na Avenida da FEB, que ficou interditada por meses devido à execução da obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), a queda foi de 40%, segundo a defesa.

Também contribuíram para prejudicar as duas empresas, segundo o pedido protocolado na Justiça, a entrada de outras concessionárias no país, que receberam incentivos fiscais; o pouco crescimento da economia brasileira; a alta carga tributária e as elevadas taxas de juros.

Nas ações, as empresas pedem que sejam aceitos os pedidos de recuperação judicial e que seja impedida a inclusão de seus nomes, ou de seus sócios, nos cadastros de inadimplentes – como Serasa, SPC e demais empresas de bancos de dados de proteção ao crédito –, ou excluam seus nomes, caso já os tenham incluído.

As empresas também solicitam que sejam nomeados administradores judiciais e que haja a dispensa da apresentação de certidões negativas para exercício normal de suas atividades, bem como seja ordenada a suspensão de todas as ações e execuções ajuizadas contra as devedoras e seus sócios coobrigados.

Problemas começaram em 2011

Formado pelas empresas Trescinco Distribuidora de Automóveis Ltda., e Trescinco Veículos Pesados Ltda., o Grupo Trescinco iniciou suas atividades em Cuiabá em 1972, tendo sua sede, atualmente, instalada na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no Coxipó.

Responsável por 250 empregos diretos, a Trescinco alega, no pedido de recuperação judicial, que teve os pagamentos normais junto a fornecedores, parceiros e bancos comprometidos a partir do início da crise mundial no setor e na economia, em 2011.

Segundo consta, o grupo foi obrigado a emprestar "dinheiro caro" no mercado, com taxas próximas de 10% ao mês, “o que estrangulou completamente todo o seu planejamento financeiro, comprometendo, ainda mais, o patrimônio imobilizado das empresas”.

A “concorrência desleal”, a partir da entrada de novas empresas no mercado, também é apontada como agravante da situação do grupo em Mato Grosso.

“Não se pode esquecer, ainda, de outro importante fator que vem causando enormes prejuízos ao Grupo Trescinco: a concorrência desleal, nos últimos cinco anos, causada pela entrada de marcas estrangeiras (China, Coreia, Japão), que – em vista de incentivos fiscais exclusivos - colocam seus produtos à venda abaixo do preço de custo, inviabilizando, por consequência, a margem de lucro do Grupo Trescinco”, diz trecho da inicial.

A Trescinco alega, no pedido, que nunca atrasou folha de pagamento e que vê, na Ação de Recuperação Judicial, a única forma viável de repactuar suas dívidas com credores (fornecedores, bancos e colaboradores), evitando a falência e uma possível “demissão em massa" de seus trabalhadores.

"Regionalmente, as interferências do governo estadual para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, com a interdição da Avenida da FEB para o início das obras e bloqueio do acesso principal à concessionária acarretaram uma redução drásticas nas vendas, chegando ao assustador índice de 40% de queda"


“As empresas vinham conseguindo gerenciar as dificuldades, com muito custo. Contudo, a situação agora ficou insustentável, sendo imprescindível a intervenção do Poder Judiciário, evitando, assim, as famigeradas execuções individuais, o enxovalhamento do nome das requerentes nos bancos de dados de proteção ao crédito, e, outrossim, os inoportunos pedidos de falência, comumente utilizados como meio de pressão para obrigar o pagamento de valores que as devedoras não dispõem de imediato”, alega a empresa, no pedido.

Ariel

O Grupo Ariel é formado pelas empresas Ariel Automóveis Várzea Grande Ltda. e EKAK Administrações de Participações Ltda. – ambas várzea-grandenses -, sendo a primeira concessionária de veículos e a segunda, uma holding financeira.

Inaugurada em 1992, a empresa chegou a ser reconhecida como a "revendedora número 1" da Volkswagen no Brasil em 2012.

Mas, além de ser afetada pelo quadro econômico mundial e a “concorrência desleal” – e mais motivos alegados no pedido da Trescinco –, a empresa afirma, no pedido, ter sido diretamente prejudicada pelas obras de mobilidade urbana na Avenida da FEB.

No local, desde 2012, vêm sendo realizadas intervenções para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sem que, até hoje, a obra – prevista para a Copa do Mundo – tenha sido concluída.

“Regionalmente, as interferências do governo estadual para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, com a interdição da Avenida da FEB, para o início das obras e bloqueio do acesso principal à concessionária, acarretaram uma redução drásticas nas vendas, chegando ao assustador índice de 40% de queda”, diz trecho do pedido.

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