LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O ex-técnico do Mixto Esporte Clube, Cláudio Adalberto Adão, ingressou com uma ação na Justiça Estadual contra o ex-presidente do Clube e ex-secretário de Estado Éder Moraes Dias.
Na ação, que tramita na 4ª Vara Cível de Cuiabá, o treinador alega que Éder emitiu, entre março e maio do ano passado, três notas promissórias a ele como pagamento dos serviços no comando do time de futebol, cujo valor soma R$ 75 mil.
Porém, após “inúmeras promessas de pagamento” e tentativas de receber o montante de forma “amigável”, Éder não teria honrado o pagamento, motivo pelo qual Cláudio Adão resolveu acioná-lo na Justiça.
O valor da dívida, atualizado com juros e correção monetária até setembro deste ano, segundo o ex-técnico, alcança cerca de R$ 93,1 mil.
Cláudio Adão pediu que o juiz titular da 4ª Vara Cível, Emerson Cajango, realize a citação de Éder Moraes para pagar o débito, sob pena de penhora de bens e de valores contidos em conta bancária. Ele também requereu o benefício da justiça gratuita.
Uma das notas promissórias que teria sido emitida por Éder Moraes |
O técnico foi contratado pelo Mixto em fevereiro de 2013 e demitido em maio do mesmo ano. Já Eder renunciou à presidência do clube em agosto de 2014, em razão de estar, à época, preso preventivamente por suposto envolvimento com esquema criminoso investigado na Operação Ararath.
Gratuidade negada
A ação foi protocolada no dia 17 de outubro. O juiz Emerson Cajango já analisou o pedido do ex-técnico em relação à justiça gratuita e o negou.
Para o magistrado, a condição de vida de Cláudio Adão não é compatível com a de pessoas pobres que necessitam de isenção nas custas processuais.
“O requerente é atleta profissional, mora em Ipanema, bairro este considerado nobre, possui carro do ano, sendo certo que tais indicadores não são compatíveis com uma pessoa de parcos recursos, que sequer possui condições de manter sua subsistência[...]No caso dos autos, em que pese à afirmação do estado de insuficiência financeira, tenho que não restam evidenciadas as condições para a concessão da gratuidade”, entendeu Emerson Cajango.
Outro lado
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o ex-presidente do Mixto e ex-secretário de Estado Éder Moraes. O advogado que consta na ação como defensor de Éder, Evandro César Alexandre dos Santos, também não foi localizado pelo número de telefone que consta no cadastro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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