LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O advogado Ulisses Rabaneda negou que o governador Silval Barbosa (PMDB) tenha sido encaminhado à Polícia Federal para prestar depoimento sobre fatos relativos à 5ª fase da Operação Ararath, da qual Silval foi alvo de busca e apreensão em sua residência na manhã desta terça-feira (20).
Segundo ele, a Polícia Federal não pediu ao governador qualquer informação relativa à operação, que investiga crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.
“A Polícia Federal não indagou ele em nenhum momento sobre qualquer fato correspondente a essa busca e apreensão e nós também temos muita pouca informação porque não tivemos acesso ainda a decisão que determinou essa busca, que está no Supremo”, esclareceu ele.
De acordo com Rabaneda, o governador só foi escoltado até a sede da Superintendência para esclarecer sobre a arma de fogo - uma pistola 380 - encontrada pelos agentes federais, cuja posse estaria com os documentos vencidos.
“Após fazer os esclarecimentos sobre a arma ele foi liberado. Ele esteve aqui exclusivamente para tratar dessa questão documental”, disse ele, que disse desconhecer o valor da fiança paga pelo governador.
Rabaneda adiantou ainda que não fez a análise da decisão do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá, cujo teor estaria interligado com a determinação de busca e apreensão , de autoria do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acredito que a decisão do juiz federal diga respeito a alguma investigação que tramita em primeira instância, mas ainda preciso de mais informações, porque a própria defesa não teve acesso aos documentos”, ressaltou.
A operação
As investigações da Operação Ararath, que começaram em 2011, estão na 5ª fase.
Nesta terça-feira, o ministro Dias Toffoli, do STF, autorizou a prisão preventiva do ex-secretário de Estado Éder Moraes e do deputado estadual José Riva, além de mandados de busca e apreensão contra o governador Silval Barbosa, os advogados Alex Tocantins Matos e Kleber Tocantins Matos, o secretário da Secretaria de Estado de Trabalhs e Assistência Social, José Estevan, o Ministério Público do Estado (MPE), o Big Banco, dentre outros empresários e empresas.
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