LUCAS RODRIGUES
DA REDAÇÃO
O desembargador aposentado e advogado Paulo Lessa, que realiza a defesa do ex-secretário de Estado Eder Moraes, preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (20) na 5ª fase da Operação Ararath, afirmou ao MidiaJur que ainda está estudando as providências jurídicas cabíveis sobre o caso.
Lessa assegurou que ainda não teve acesso à decisão que autorizou a prisão preventiva de Eder Moraes e do deputado estadual José Riva, proferida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Eu tenho que me inteirar de tudo para ver o que é possível fazer, e aí então pôr em prática. É muito prematuro dar qualquer opinião a respeito agora”, disse ele.
O advogado relatou que os únicos documentos que tem em mãos em relação ao caso é o mandado de prisão contra Éder e uma decisão do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, cujo teor o advogado preferiu não comentar devido ao segredo de Justiça do caso.
“Houve o recebimento da denúncia contra ele aqui na Justiça Federal e outra parte dos documentos está no STF sob sigilo judicial, então eu ainda não estou totalmente inteirado porque tudo aconteceu de uma hora para outra, não houve aviso prévio”, explicou Paulo Lessa.
Ele também disse que ainda não possui a confirmação de quando Éder Moraes será encaminhado à Brasília para prestar esclarecimentos, mas que seu filho, o também advogado Fábio Helena Lessa, irá à capital brasileira nos próximos dias para buscar mais informações junto à Procuradoria-Geral da Justiça e Polícia Federal.
Desdobramento da operação
A prisão preventiva de Éder Moraes e José Riva fazem parte o desdobramento da 5ª fase da Operação Ararath, cujas investigações iniciaram em 2011, com a finalidade de apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.
Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (20), policiais federais cumprem cerca de 70 mandados, que foram expedidos pelo ministro do STF, Dias Toffoli.
Além das prisões de Éder e Riva, foram expedidos mandados de buscas e apreensão contra os advogados Alex Tocantins Matos e Kleber Tocantins Matos, o governador do Estado Silval Barbosa, o secretário da Secretaria de Estado de Trabalhos e Assistência Social, José Estevan, o Ministério Público do Estado (MPE), o Big Banco, dentre outros empresários e empresas.
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